Capítulo 44

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Capítulo 44

Christopher chegou ao apartamento às seis horas da tarde em ponto, carregando as inúmeras sacolas nas mãos e caminhando de maneira desajeitada.

— Sama! – ele a chamou enquanto pousava as sacolas sobre a mesa da entrada. – Sama!

— Já vou, meu filho! – entrou correndo na sala, enxugando as mãos no pano de prato. – Meu Jesus Cristo! O que é tudo isso?

— Isso... – respirou fundo. – Se chama Dulce María!

— Oh! – levou as mãos ao rosto. – Vocês voltaram! Glória a Deus! Vocês voltaram! – correu até ele. – Meu filho, que notícia maravilhosa! – abraçou-o. – Isso é incrível!

— Obrigado... – riu do jeito da senhora. – Obrigado, Sama, mas não... ainda não é uma volta oficial.

— Como? – piscou, perplexa. – Como é que não? – abriu as sacolas. – Isso aqui é o que?

— Nós nos entendemos ontem, mas ela virá para o jantar e vamos...

— Virá para o jantar? – Samay arregalou os olhos. – Eu não preparei nada!

— Tudo bem, eu vou preparar. – sorriu ao final. – Dario passará para buscá-la às nove, eu tenho tempo de cozinhar e arrumar a casa com...

— Não, não, não! – levantou uma das mãos. – A menina Dulce é difícil, e você cometeu muitos erros pelo meio do caminho, portanto, é preciso começar a noite ganhando. E você vai ganhá-la pelo estômago.

— Sama! – riu do jeito dela.

— Arrume esse apartamento, eu vou preparar o prato perfeito! – então sorriu. – Vocês reatam esse namoro hoje ou eu não me chamo Samay!

— Está mesmo disposta a me ajudar desse jeito? – ele sorriu bobo.

— Ora! Você já verá o quanto! – piscou e saiu da sala. – Me aguarde!

— Sama! – chamou-a, mas ela já não o olhou. – Obrigado, então! Muito obrigado!

Não ouviu nenhuma resposta dela, então apenas abriu as sacolas e retirou alguns dos objetos, para que pudesse decorar apartamento.

Samay voltou logo em seguida, puxando duas enormes sacolas pretas.

— O que é isso, Sama? – assustou-se. – Eu te ajudo, deixe isso!

— Isso aqui... – ela deixou que ele levasse as sacolas para a mesa. – Não abra!

— Não vou abrir, só vou guardar para você. – olhou-a com leve espanto. – O que é isso aqui?

— Isso aqui... – encarou o senador. – É uma resposta a tudo isso que comprou agora.

— Ao que eu comprei? – confuso.

— É, exatamente. O que comprou? – mirou as sacolas e os objetos em cima da mesa.

— Comprei alguns detalhes para decorar o apartamento. – justificou-se. – Alguns porta-retratos novos, revelei as minhas fotos com ela e...

— Exatamente. – cortou-o.

— Exatamente o que? – perdido na conversa com a senhora.

— Por que comprou tudo isso?

— Porque quero fazer uma surpresa para ela. – sorriu ao final. – Sama, a ideia é que ela chegue e veja que não é só um jantar, que eu fiz tudo isso por ela, que sou capaz de fazer muito mais por ela, que eu...

— Por que não usou o que tinha? – interrompeu-o novamente.

— Sama! – bufou. – Você sabe bem!

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