Capítulo 37

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Capítulo 37

Dulce cumprira o prometido para Maite, e dedicara a noite de quarta-feira inteiramente para a melhor amiga. Optou por não contar a ela sobre o desentendimento com Santiago, nem sobre a visita de Galán ou a conversa que escutara de Roberta, sabia que qualquer um dos assuntos faria Maite perguntar diversos detalhes para conseguir esclarecer seu sentimento por Christopher, e não estava disposta a falar do senador; precisava esquecê-lo.

Após o trabalho, fizeram um bolo e o devoraram inteiro em frente à televisão, dormiram no sofá da sala, e só acordaram quando Fernando as cutucou, pedindo que fossem para a cama.

Na quinta-feira, Dulce e Maite saíram cedo para a editora, e enfrentaram um dia cheios de reuniões e muito trabalho.

Dulce fora a primeira a terminar a revisão e esperara pela amiga cerca de cinco minutos. Recostou-se à cadeira e o celular vibrou assim que ela pegou o aparelho.

— Nossa, que sintonia! – riu sozinha e abriu a mensagem.

Dante Schäfer
Oi, estranha... lembra de mim?

Dulce María
Oi, estranho...
Quem é você? Nome diferente, é daqui mesmo?

Dante Schäfer
Não... Alemanha. Vim passar uns dias.
Alguma indicação do que fazer?

Dulce María
BEBA MEZCAL! Aposto que será a sua bebida favorita!
E coma tacos... al pastor! E com abacaxi, óbvio!

Dante Schäfer
Não quero me gabar, mas eu te conheço como a palma da minha mão.
E falo sério.

Dante Schäfer enviou uma foto

Dulce María
DANTE! DANTE! PUTA MERDA!
VOCÊ FEZ TACOS? NÃO É POSSÍVEL!

Dante Schäfer
Tacos e mezcal! Hahaha eu juro!
Quis te mandar a foto para você não achar que eu tava de brincadeira!
Comprei no Califa, e pensei... será que a estranha topa dividir comigo?
A mesa nova chegou, não estou mais comendo no chão do apê!
Então... quer comer aqui?

— Mai? – Dulce levantou o rosto para a amiga.

— E... terminei! – enviou o e-mail. – Acabei de terminar, já podemos ir! – riu e mirou a morena. – Era isso que ia falar?

— Na verdade... – sorriu de lado. – Queria pedir um favor.

— Claro. – desligou o computador. – Manda.

— Poderia me deixar no... apê... do... Dan? – piscou seguidas vezes.

— Dulce. – séria. – O que vai fazer lá?

— Nada de errado, juro! Chegou a mesa de jantar dele, e ele está feliz, comprou tacos e bebidas e... me chamou. – levantou uma das mãos. – Eu juro que não vou fazer nada com ele, eu nem quero!

— Não jure para mim, jure para você. – encarou-a. – Porque não quero que saia de um relacionamento e embarque em outro assim, ainda mais sendo com alguém que significa tanto para você. É o caminho certo pra dar merda.

— Dan e eu conversamos e eu disse para ele que não queria nada além de amizade, e ele entendeu. – sincera. – E além do mais, não quero saber de relacionamento tão cedo!

— Certo, eu confio em você. – assentiu. – Eu te levo até lá.

— Hm, linda da minha vida! – abraçou-a com força e lhe beijou a bochecha. – Muito obrigada, gostosa!

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