— Você trouxe os passaportes, satã? – Dulce a olhou.
— Sim. – abriu a bolsa e entregou o documento para ela.
— María Milagros. – Dulce leu o nome. – Sou ou não sou um verdadeiro milagre?
— Você é ridícula, isso sim! – a loira entregou o passaporte para o alemão.
— Dante Schäfer? – ele leu o próprio nome.
— Dante? – Dulce estranhou e inclinou o corpo para ler o documento. – Deu a ele um documento original? – a irmã assentiu. – E o que pedimos? O que houve? Quem será o Franz?
― Tome. – Anahí entregou o segundo passaporte para o homem.
― Por que dois? – Dulce adiantou-se na pergunta.
― Franz Scherer. – Dante leu o nome escrito. – Isso foi o que pensamos.
― Use esse apenas na Rússia. – Anahí pontuou. – E só depois que já estiver dentro do país, ele já está, inclusive, com o seu carimbo de entrada... e mais alguns outros.
― Por quê? – Dulce voltou a perguntar enquanto o homem folheava o passaporte. – E não me ignore!
― Porque o rosto deste cara está estampado por toda a Alemanha! – Anahí respondeu em tom óbvio. – O que você quer que as pessoas sejam? Idiotas para não reconhecerem alguém que está em todos os lados? E com o Noah sendo procurado, esse rosto duplica! Não posso deixá-lo entrar na Alemanha de outra forma que não seja absolutamente oficial! Não haverá imprensa e nem nenhum pronunciamento oficial, mas ele precisa entrar como Dante!
― Hm! – Dulce arfou.
― Ela tem um ponto coerente, Dul. – mirou a ex-namorada. – Não somos mais anônimos como antes.
― Eu havia me esquecido disso. – exalou e passou a mão pelo rosto.
― Já estamos abusando muito da sorte por pensar que na Rússia não irão reconhecê-lo com um nome falso. – a loira seguiu. – E quando entrarem e saírem da Alemanha, por favor, não façam isso juntos! A cor do cabelo e o novo nome ajudam, mas a sua cara também é igualmente conhecida.
― Acha que vão falar algo quando eu sair do México? – Dulce levantou o rosto para a irmã.
― Não. Já cuidei para que vocês saiam e voltem de forma discreta. – fechou a bolsa. – Mas não controlo a Alemanha e a Rússia da mesma forma que controlo o México, portanto... juízo. E não saiam da linha.
— O que caracteriza uma saída da linha? – Dulce encarou a loira.
— María. – Anahí fez questão de optar pelo segundo nome. – Não morra.
— Vou mantê-la viva. – Dante interrompeu a tensa troca de olhares entre as irmãs.
— É, mas mantenha-se igualmente vivo. – Anahí levou os olhos para ele. – Noah não vai me perdoar se você não estiver vivinho da silva quando ele voltar!
— Farei a minha parte. – deu um leve sorriso ao pensar em poder reencontrar o irmão.
— Ok, vamos comer! – Ailin os interrompeu, carregando os pratos. – Temos muito trabalho pela frente. – colocou a louça sobre a mesa e os olhou, então riu.
— Eu vou me arrepender! – Dante mirou a irmã. – Mas eu vou perguntar: o que foi, Ailin?
— A vida, Dan! A vida é o que foi! – negou com a cabeça e apontou para o casal. – Parece que eu voltei cinco anos no jogo da vida!
— Não era você que me curtia loira? – Dulce entrou na brincadeira. – Foi uma homenagem!
— Você fica bem até de cabelo colorido, Dul! – a ruiva riu. – Eu só nunca pensei que veria uma situação assim de novo... tão fiel!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...