— Vou cozinhar para você. – propôs. – Posso?
— Não posso cozinhar com você? – deu um demorado selinho nele. – Assim eu te aproveito mais... e melhor.
— Proposta aceita, María. – girou os corpos e ficou por cima dela. – Mas te aviso que vamos cozinhar. Nenhum ato sexual será aceito neste momento.
— Te desafio a resistir. – piscou com um olho só. – Fechado, garoto?
— Uff! – respirou fundo e assentiu. – Fechado, garota.
Sabiam que eram perfeitamente capazes de resistir a um simples jantar juntos, mas gostavam do jogo que era provocar um ao outro.
Dulce foi a primeira a tomar banho enquanto ele organizava os ingredientes na cozinha. Depois ele passou ao chuveiro e deixou a morena de toalha, arrumando-se no espelho improvisado que ela colocara ao lado da cama.
Christopher vestiu a calça preta e a camisa vinho, então desceu para começar o jantar. Como a distância entre os andares era pouca, o casal continuou conversando mesmo estando separados.
— María? – gritou do andar de baixo. – Amor!
— Já vou! – adiantou-se na resposta. – Já terminei!
— Não precisa ter pressa! – deixou o prato sobre a mesa. – Fiz carpaccio de carne com molho de mostarda. – avisou-a. – Você vai gostar!
— Você preparou o molho? – pendurou a toalha no banheiro e logo voltou ao quarto, abrindo a mochila rapidamente.
— Fiz! – voltou ao fogão. – Trouxe tudo na mochila, até o limão siciliano. – pegou a cebola e a faca, e esperou pelo comentário dela. – María?
— Oi! – gritou do andar de cima.
— Me ouviu? – cortava rapidamente a cebola.
— Sim! – gritou novamente.
— Então... – voltou a contar. – Pensei em macarrão com frutos do mar, Sama me ensinou a fazer!
— Hm! – ela desceu as escadas e o mirou. – Eu estou com um chef e não sabia?
— Eu me esforço por você! – sorriu ao falar. – Coloquei lasca de parmesão e rúcula junto com o carpaccio, tá bom?
— Alex! – chamou-o.
— Você já... – virou-se para ela e parou de falar. – Meu Deus! Você está maravilhosa!
E Dulce realmente pensara em cada detalhe para impressioná-lo, ainda que ele não fizesse ideia do que realmente o esperava.
À primeira vista, a roupa era bastante simples, apenas um vestido em formato de blazer de alfaiataria, todo preto, com ombreiras, lapela chanfradas e mangas longas.
O comprimento chegava até a altura da coxa dela, e as pernas à mostra pareciam brilhar em um irresistível convite de aproximação.
O fechamento contava com quatro botões da mesma cor da peça e que deixavam à mostra todo o colo da morena.
Os brincos em prata subiam como pontos de luz pelas orelhas dela e pareciam harmonizar com a maquiagem forte dela.
Os olhos estavam contornados pelo delineador azul, marcados pela camada perfeita de rímel e levemente iluminados pela sombra clara.
As bochechas coradas em tom pêssego e os lábios no batom vermelho que, ele sabia bem, serviria para que ela deixasse muitas marcas sobre sua pele.
Os cabelos, lisos e secos, estavam ordenadamente jogados para trás.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...