Capítulo 55, parte III

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— Christopher! – Lucía bateu duas palmas na frente do rosto dele. – Onde você foi parar?

— Você está preocupado, querido. – Samay lhe tocou o ombro. – Eu abro a porta.

— Não! – ele disse alto, fazendo ambas as mulheres assustarem-se. – Já disse que não! Eu faço isso.

— Christopher! – Lucía reclamou. – Qual o seu problema?

— Fiquem aqui! – resmungou e saiu da cozinha.

Caminhou com receio até a sala, a campainha soou mais uma vez e ele deixou o celular com o 911 digitado. Só então abriu a porta.

— Christopher! – o homem exclamou e o senador piscou seguidas vezes.

— Pai? – murmurou, ainda perplexo. – Mãe?

— Que saudade de você, meu amor! – Alexandra tomou a frente e abraçou o filho. – Meu Deus, Christopher! Pare de sumir dessa forma!

— Que... surpresa. – ele disse, visivelmente sem jeito. – Não estava esperando por vocês.

— Não dissemos que viríamos jantar? – Walter entrou e abraçou o filho. – Trouxe um vinho excelente!

— Hãn? – piscou novamente.

— Lucía! – Alexandra foi até a sobrinha. – Ora, que coisa boa encontrá-la por aqui, minha princesa!

— Temos muito o que conversar! – Walter abraçou o filho de lado. – Samay, querida, coloque a mesa para todos nós, por favor! Minha nora já voltou do trabalho?

— Dulce está dormindo. – Christopher separou-se dele. – Não vai jantar.

— Dormindo? – Alexandra mirou o relógio de pulso. – Mas não são nem sete da noite!

— Mas ela está dormindo! – Christopher insistiu. – Não vai jantar.

— Nós viemos para jantar com vocês! – Walter suspirou. – Trouxe até um vinho especial, meu filho!

— Não podem jantar com a gente? – Lucía sorriu de lado. – Poxa, tio, tem tanto tempo que não compartilhamos um momento assim.

— A Lú está certa, querido. – Alexandra abraçou a sobrinha. – Nossa menina por aqui também é motivo de comemoração.

— Claro que ela é! – Walter disse em seguida. – Mas eu também contava com a nossa nora.

— Preciso repetir que Dulce está dormindo e não irá jantar? – Christopher arqueou as sobrancelhas.

— Pois está bem, jantaremos apenas nós! – Alexandra decidiu e mirou o marido. – E depois podemos marcar um outro momento com a Dulce.

— Viu? Problema resolvido! – Lucía forçou o sorriso e mirou o primo, pedindo que ele aceitasse tal sugestão.

— É. Resolvido. – Christopher disse com má vontade.

— Eu te ajudo com a mesa, Samay! – Alexandra prontificou-se.

— Meu amor? – Walter chamou a esposa. – Eu guardo para você. – apontou a bolsa no braço dela.

— Obrigada, querido. – entregou-lhe a bolsa. – Venha, meu filho!

— Leve, por favor, Christopher. – Walter lhe deu a garrafa de vinho. – Pode abrir para nós, Lucía beberá com a gente?

— Com certeza! – a morena piscou.

— Uhum. – Christopher pegou a garrafa e seguiu as três mulheres.

— Posso preparar mole do jeito que você gosta, meu filho! – a mulher sorriu ao falar. – Tem tudo aí, Samay?

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