Jogada Paralela

Capítulo 25, parte II

— Tem que ter juízo, viu, Dulce María? – Matilde disse, e a sobrinha apenas assentiu. – E acabei de falar para o seu pai: você não se meta com aquele alemão de novo!

— Matilde! – Fernando levantou a voz para a irmã.

— Vou falar, sim! – olhou-o por um segundo. – Porque a senhorita já perdeu um grande partido, menina! – mirou a sobrinha, que fechara o sorriso instantaneamente. – Eu li na internet que o noivado acabou, né? Na internet! Porque seu pai fica te acobertando e não fala nada para a própria família!

— E você pare de falar assim com ela! – Fernando reclamou a irmã. – Chega desse assunto!

— E vi que o europeuzinho está de volta! Pois você não se deixe influenciar de novo! Não se meta nesse assunto! – Matilde disse brava e Dulce passou a mão pelo rosto, buscando a paciência. – Aprenda que o seu lugar é aqui, nada de Europa! Onde é que já se viu uma coisa dessas! – negou com a cabeça. – Sua irmã aqui foi um belo exemplo! Da próxima vez você venha junto! – pousou uma das mãos no ombro de Anahí. – Venha ficar no meio dos seus, dê valor às suas raízes!

— Chega, Matilde! – Fernando bateu na mão dela. – Com a minha filha você não fala dessa maneira!

— Estou dando o exemplo! Porque você é mole demais! – mirou o irmão. – Veja bem como Anahí é centrada! É dessa forma que Dulce precisa ser! – então virou-se para a sobrinha no celular. – Inspire-se na sua nova irmã, minha filha!

— Dulce sempre foi centrada! – Locho defendeu-a e mirou a sobrinha. – Você é um orgulho para nós, meu amor. E minha melhor companheira para pimentas!

— O que estão fazendo aí? – Brisa aproximou-se com os primos.

— Dulce está na chamada de vídeo! – Maggie sorriu ao contar.

— Docinho! – Brisa correu com os primos. – Dul!

— Fala, baranga preferida! – Felipo brincou e mirou a tela. – Nossa, voltamos aos tempos da loirice?

— Como pode caber tanta beleza em alguém? – Bruno entrou na brincadeira.

— Estou com saudade de vocês. – Dulce finalmente pôde dizer algo leve. – Onde estão as corajosas?

— Bem aqui. – Felipo puxou a namorada, e Bruno fez o mesmo.

— Aitana não pôde vir, está visitando os pais. – Brisa adiantou-se na explicação. – E você, quando virá dar um beijo na sua prima favorita?

— Brisa! – Gerard mirou a menina.

— Irei assim que possível, prometo. – Dulce sorriu de leve.

— Escuta, baranga... – Felipo a mirou. – Sinto muito por tudo o que houve. Se você precisar de algo, nem que seja encher a cara de tequila, estou aqui.

— Nós estamos aqui! – Bruno complementou. – Sempre!

— Amamos muito você. – Brisa piscou ao final.

— Eu também. – Dulce puxou o ar. – E obrigada. Por isso.

— Mas nada de beber tequila dessa forma! – Matilde os interrompeu. – Você precisa tomar é juízo, voltar para a sua casa, retomar o seu noivado com o Uckermann, e por favor, ficar bem longe de qualquer coisa na Europa!

— Tia! – Brisa olhou para a senhora.

— Chega de conversa! – Fernando irritou-se. – Dulce tem que trabalhar! Chega de falar na cabeça dela!