Capítulo 11, parte II

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― Já que não precisa de nada para si mesma... – fez uma longa pausa. – Pode me ajudar a encontrar o Noah?

Dulce encarou o apartamento por alguns segundos, lembrou-se dos momentos com Christopher ali, das risadas, da alegria e do orgulho que sentira dele; ela queria seguir em frente.

Precisava resolver o passado antes de simplesmente esquecê-lo.

― Passo aí mais tarde. – avisou-o. – Te mando uma mensagem antes.

― Tenho fisioterapia às onze horas. – comentou. – Qualquer horário antes disso, estarei aqui com a Li.

― Ok.

― Dul?

― Oi. – disse em seguida.

― Me desculpe se fiz você se sentir pressionada. – disse calmo. – Não era a intenção.

― Ok. – então relaxou-se. – Me desculpe por ter gritado.

― Sei que fica irritada quando é cobrada injustamente. Me perdoe. – ouviu-a assentir. – Você está bem?

― Sim. Eu te vejo mais tarde, ok? Dê um beijo na Li.

― Combinado. Um beijo.

― Um beijo. – desligou em seguida, seu coração estava confuso e perdido, não queria se aproximar, mas como poderia simplesmente deixar o homem de lado?

— Ora, a minha menina voltou? – Samay sorriu ao vê-la. – É mesmo verdade?

— Sama! – Dulce ignorou os problemas, deixou o celular no bolso e foi até a senhora, abraçando-a com força. – Sama, que saudade eu senti de você!

— Como é bom te ver novamente, minha filha! Está tão linda! – acariciou-lhe o rosto. – Eu logo vi que aquela bagunça na sala era coisa típica de vocês dois!

— Ela é toda atrasada, Sama. – Christopher descia as escadas. – Achou que ontem era dia de comemorar as eleições.

Dulce subiu os olhos para o senador e o sorriso preencheu por completo seus lábios ao vê-lo inteiramente arrumado, Christopher a atraía por inteiro e ficara um charme com a roupa escolhida por ela.

― Meu filho, todo dia é dia de comemorar a vida com essa menina! – não soltava a morena.

― Eu estou mais do que pronto para isso! – piscou para Dulce.

― Ele nasceu pronto, Sama. – disse para a mulher, mas não tirou os olhos do noivo. – O México simplesmente vai conhecer o que, até então, foi apenas privilégio nosso.

― É o que eu sempre disse! Mas claro... – a senhora riu ao ver o jeito encantado como o homem mirava a morena. – Vindo da senhorita, isso tudo tem outro peso.

― Hãn? – Dulce piscou os olhos e mirou a mulher.

― Vou preparar a mesa para vocês. – Sama beijou o rosto da menina, logo fez o mesmo com o senador, e por fim deixou a sala. – Não demorem, pombinhos!

― Pombinhos... – Christopher riu e negou com a cabeça. – Matou a saudade dela, Dul?

A morena jogou-se nos braços dele, rodeou-lhe o pescoço e lhe beijou lentamente os lábios, sendo inteiramente bem aceita pelo namorado.

Christopher envolveu-a pela cintura e a tirou alguns centímetros do chão, mantendo-a de tal forma até que encerrassem o beijo com diversos e demorados selinhos.

― Eu fiz algo de muito bom? – ele sussurrou a pergunta, ainda sem colocá-la no chão outra vez.

― Ficou lindo demais com essa roupa, não pude resistir. – mordeu o lábio inferior dele. – Está uma tentação ambulante.

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