— O que? – Christopher disse alto. – Chega! Onde demônios você estava? Quando foi tudo isso e por que ambas estão correndo tanto risco? – as duas olharam-se. – E não pensem em continuar essa conversa sem me esclarecer as coisas!
— Não há nada... – Anahí tentou falar, mas ele negou. – Christopher!
— O que está havendo? – ele mirou a morena. – Fala comigo! Por favor.
— Eu estava viajando, mas não foi a trabalho. – Dulce começou a falar.
— Não. – Anahí a olhou. – Dulce, não.
— Fale. – ele pediu outra vez. – María, fale.
— Não o envolva. – Anahí esticou a mão e tocou o braço dela. – Dulce, não.
— Já estou envolvido. – Christopher mirou a morena. – Por favor. Onde você estava?
— Eu... – Dulce passou a língua pelo lábio inferior.
— Dulce, não faça isso. – séria. – Por favor.
— Você não vai mais proteger o Anthony. – encarou a irmã. – Não sei que domínio louco ele ainda tem sobre você, mas isso vai parar. – então mirou o senador. – Eu estava em Munique com o Dante e... depois nós fomos à Moscou.
— Perdão... o que? – Christopher piscou seguidas vezes enquanto a loira apenas abaixava a cabeça, negando em silêncio. – Você estava... Alemanha? Foi isso? Alemanha e Rússia, é isso?
— Parece que tudo está interligado. – Dulce deu de ombros. – A minha história com a Anahí, o sumiço do Dante e agora do Noah, a nossa suposta mãe, o Anthony... tudo parece uma bola de neve! Como a Anahí foi com o Noah para Munique, pensamos que talvez houvesse mais pistas por lá, algo que os dois tivessem deixado escapar.
— Então você sabia disso? – Christopher mirou a assessora, que não o olhava. – Anahí.
— Sabia. – disse baixo.
— Olhe para mim. – ele pediu, mas ela não o fez. – Anahí!
— O que é? – subiu o rosto para o senador.
— Você sabia onde ela estava? – encarou-a. – Aquele dia no meu apartamento, naquela chamada, você sabia onde ela estava?
— Eu sabia, eu não te disse, e não me arrependo nenhum segundo por isso. – a loira disse firme. – Ela já estava em Munique.
— E que diferença isso faz? – Dulce os interrompeu.
— Agora? Nenhuma. – Christopher virou-se para a morena oura vez. – Teria feito.
— Por quê? – Dulce franziu o cenho.
— Não importa mais. – Christopher pigarreou. – O que você achou em Munique?
Dulce franziu o cenho e manteve-se encarando o senador por alguns segundos, parte de si queria entender exatamente o que ele falava, mas a outra parte lhe dizia que era melhor deixar que a situação esfriasse de vez.
— O que você achou em Munique? – ele perguntou novamente. – Ou melhor, você e Dante.
— Nós encontramos um caderno do Noah. – respondeu, ignorando a provocação tão sutil do homem. – E nesse caderno havia um endereço de uma casa em Moscou. E por isso nós fomos para lá. – sentou-se de novo no sofá. – Supõe-se que a Anna é a minha mãe... digo, a nossa mãe. – apontou a loira. – E que ela é russa. Então nós vimos uma oportunidade nisso.
— Claro, porque ambos são investigadores. – ele ironizou levemente. – Super profissionais.
— Não, não somos investigadores profissionais, mas somos curiosos o suficiente para nos arriscarmos com isso. – arqueou as sobrancelhas. – E não tínhamos nada a perder.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...