Capítulo 29, parte III

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— O que? – Christopher disse alto. – Chega! Onde demônios você estava? Quando foi tudo isso e por que ambas estão correndo tanto risco? – as duas olharam-se. – E não pensem em continuar essa conversa sem me esclarecer as coisas!

— Não há nada... – Anahí tentou falar, mas ele negou. – Christopher!

— O que está havendo? – ele mirou a morena. – Fala comigo! Por favor.

— Eu estava viajando, mas não foi a trabalho. – Dulce começou a falar.

— Não. – Anahí a olhou.  – Dulce, não.

— Fale. – ele pediu outra vez. – María, fale.

— Não o envolva. – Anahí esticou a mão e tocou o braço dela. – Dulce, não.

— Já estou envolvido. – Christopher mirou a morena. – Por favor. Onde você estava?

— Eu... – Dulce passou a língua pelo lábio inferior.

— Dulce, não faça isso. – séria. – Por favor.

— Você não vai mais proteger o Anthony. – encarou a irmã. – Não sei que domínio louco ele ainda tem sobre você, mas isso vai parar. – então mirou o senador. – Eu estava em Munique com o Dante e... depois nós fomos à Moscou.

— Perdão... o que? – Christopher piscou seguidas vezes enquanto a loira apenas abaixava a cabeça, negando em silêncio. – Você estava... Alemanha? Foi isso? Alemanha e Rússia, é isso?

— Parece que tudo está interligado. – Dulce deu de ombros. – A minha história com a Anahí, o sumiço do Dante e agora do Noah, a nossa suposta mãe, o Anthony... tudo parece uma bola de neve! Como a Anahí foi com o Noah para Munique, pensamos que talvez houvesse mais pistas por lá, algo que os dois tivessem deixado escapar.

— Então você sabia disso? – Christopher mirou a assessora, que não o olhava. – Anahí.

— Sabia. – disse baixo.

— Olhe para mim. – ele pediu, mas ela não o fez. – Anahí!

— O que é? – subiu o rosto para o senador.

— Você sabia onde ela estava? – encarou-a. – Aquele dia no meu apartamento, naquela chamada, você sabia onde ela estava?

— Eu sabia, eu não te disse, e não me arrependo nenhum segundo por isso. – a loira disse firme. – Ela já estava em Munique.

— E que diferença isso faz? – Dulce os interrompeu.

— Agora? Nenhuma. – Christopher virou-se para a morena oura vez. – Teria feito.

— Por quê? – Dulce franziu o cenho.

— Não importa mais. – Christopher pigarreou. – O que você achou em Munique?

Dulce franziu o cenho e manteve-se encarando o senador por alguns segundos, parte de si queria entender exatamente o que ele falava, mas a outra parte lhe dizia que era melhor deixar que a situação esfriasse de vez.

— O que você achou em Munique? – ele perguntou novamente. – Ou melhor, você e Dante.

— Nós encontramos um caderno do Noah. – respondeu, ignorando a provocação tão sutil do homem. – E nesse caderno havia um endereço de uma casa em Moscou. E por isso nós fomos para lá. – sentou-se de novo no sofá. – Supõe-se que a Anna é a minha mãe... digo, a nossa mãe. – apontou a loira. – E que ela é russa. Então nós vimos uma oportunidade nisso.

— Claro, porque ambos são investigadores. – ele ironizou levemente. – Super profissionais.

— Não, não somos investigadores profissionais, mas somos curiosos o suficiente para nos arriscarmos com isso. – arqueou as sobrancelhas. – E não tínhamos nada a perder.

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