Capítulo 29, parte IV

624 59 164
                                    

— Dulce. – Anahí entrou na cozinha e automaticamente a morena deu um passo para trás, afastando-se por completo do senador. – O Fernando pediu... – reparou nos olhares perdidos de ambos. – Tudo bem com vocês?

— Sim, claro! – Dulce adiantou-se, secando rapidamente os olhos. – O que o meu pai disse?

— Hm. – olhou com desconfiança para o casal. – Me pediu para ir até lá. Ele está preparando uma surpresa para você.

— O que? Ani, diga que não! – arfou. – Diga que eu vou chegar cansada e não...

— Ele está animado! – cortou-a. – Reme fez bolo, ele preparou tudo o que você gosta... até um cartaz de boas-vindas na sala. E me pediu para te esperar lá.

— Quero me irritar, mas eu amo tanto o meu baixinho! – Dulce fechou os olhos e riu sozinha ao falar. – Vai lá. Eu pego um táxi daqui a pouco e finjo surpresa quando chegar.

— Tenho carro aí, Dul. – a loira deu de ombros. – Qualquer um dos meus motoristas pode te levar.

— Pode ser. – a morena assentiu em seguida.

— Ou eu. – Christopher disse, atraindo a atenção de ambas. – Eu posso te dar uma carona... se você quiser.

— Ela quer! – Anahí disse de imediato. – Claro que ela quer!

— Claro que não! – Dulce olhou feio para a irmã e logo mirou o senador. – Eu agradeço muito, realmente agradeço, mas não tem razão para você incomodar o Dario com isso. De verdade.

— Dario não veio. – ele sorriu ao final. — E eu não me incomodo.

— Dario não veio? – Dulce arregalou os olhos diante de tal informação. – Como não? O que houve com você? Como saiu sem ele?

— Já viu este homem irritado? – Anahí debochou e apontou o senador. – É simplesmente insuportável! Nem o Dario aguentou! – a irmã riu baixo.

— Cedi o Dario para ajudar o Poncho hoje. – disse, olhando feio para a assessora. – E eu não sou insuportável, jornalistas são insuportáveis!

— Eu não diria isso com duas delas nesta cozinha. – a loira sorriu debochada, piscando ao final da frase.

— Ela tem um bom ponto! – Dulce sorriu ao final.

— Eu não quis... – ele começou a falar, mas logo negou com a cabeça. – Enfim, vai para casa comigo? – a morena arregalou os olhos. – A sua casa, digo.

— Está bem. – Dulce assentiu. – Aceito a carona.

— Ótimo! Eu vou trocar de roupa, então! – Anahí avisou. – Me arrumo em cinco minutos!

— Oi? Para que? – Dulce a olhou de cima a baixo. – Você já está arrumada!

— Eu estou o que? – olhou para si. – Eu não saio de casa assim! Aliás, nem você deveria sair assim!

— Como é? – Dulce girou os olhos.

— Sem condições esse seu conjunto sem sal. – Anahí deu de ombros. – Simplesmente sem condições.

— Você disse para vir sem chamar atenção. – apontou a si mesma. – Não estou chamando atenção! E esse conjunto é ótimo e confortável!

— E feio. – a loira pontuou.

— Foram mais de doze horas de voo, e você... olha, você é mesmo insuportável! – Dulce negou com a cabeça. – Vá logo, pegue um casaco qualquer e saia. Não será uma festa demorada, eu estou com o jet lag me consumindo aqui.

Jogada ParalelaOnde histórias criam vida. Descubra agora