Capítulo 60
16 de setembro de 2018, 12h
— Não me interessa. – Anna disse, a ponto de perder a paciência. – Eu disse que não me interessa, eu... – fechou os olhos ao ouvir o argumento do outro lado da linha. – Preciso desenhar no seu caixão para que você entenda que isso não me interessa? – então escutou a resposta negativa do outro lado da linha. – Foi o que eu pensei. Obrigada. – mirou a tela do computador. – Quero o máximo de segurança no local, eu quero a garantia de ter todos, absolutamente todos, vivos. Você me entendeu? – a resposta veio prontamente. – Ninguém fica para trás! E planeje-se para que a casa esteja pronta para atendê-los, eu quero preparação para um plano A, um B, C... a letra que for necessária! – pressionou levemente os dedos na testa. – Sim, isso me agrada muito, isso... – ouviu o som de chamada no celular. – Só um minuto, aguarde na linha. – mirou o aparelho. – Merda.
Viu o nome de Fernando ali, e sabia que falar com ele seria um problema, mas ao mesmo tempo, não atendê-lo poderia deixar o homem curioso e propenso a expor a qualquer risco desnecessário. Não poderia arriscar a vida dele. Precisava proteger a filha e o homem.
— Nós continuaremos essa conversa depois. – Anna voltou à chamada. – Tenho outra ligação agora. Me mantenha informada de tudo. – desligou e respirou fundo ao atender a chamada seguinte. – Fernando. – disse com certa surpresa.
— Anna. – ele soou tão sério quanto ela o vira da última vez. - Oi.
— O que houve? Você está bem? – franziu o cenho. – Aconteceu alguma coisa?
— Estou bem. – e novamente soara sério. – Eu preciso te encontrar.
— Tontín, agora eu não posso. – suspirou, gostaria de poder vê-lo pessoalmente. – Estou ocupada e...
— É sobre a Dulce. – disse, e a informação acendeu diversos alertas na loira.
— O que aconteceu? – deslizou o mouse e rapidamente abriu as câmeras em frente ao prédio do senador. – Ela está na casa do Christopher. Algo mudou?
— Ela está. Mas corre perigo. – a voz soou pesada ao falar. – Preciso te encontrar pessoalmente.
— O que está acontecendo? – buscou mais imagens do interior do prédio. – Eu reforço a segurança dela! Fale comigo!
— Preciso te encontrar pessoalmente! – ele insistiu. – É possível ou você continua ocupada agora?
— Mando um motorista meu te buscar. – cedeu, seria perda de tempo discutir.
— Não vou esperar motorista algum. Vou até aí! – ele decidiu e ela girou os olhos. – Está no mesmo escritório de antes?
— Sim. E não vou sair. – assentiu. – Você sabe que posso mandar um motorista e...
— Anna, eu vou até você! – ele soou um pouco mais irritado. – Por favor, não saia daí.
— Tontín... – mirou a câmera na porta do apartamento do senador. – Não vou tirar os olhos da nossa filha.
— Te vejo logo. – ele desligou sem esperar pela resposta.
— Inferno! – Anna bateu na mesa e passou a mão no telefone, discando rapidamente. – Na minha sala. Agora. – desligou e voltou a mirar o computador, observando as demais câmeras espalhadas pela cidade. – Yekaterina, Yekaterina... qual é a sua, desgraçada? – resmungou sozinha. – O que você pretende? Por onde demônios pretende entrar?
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...