― Vá para o quarto, Dulce. – sério.
― Oi? – travou os pés no chão. – Está maluco?
― Disse para ir para o quarto! – gritou.
― Eu não vou! – gritou de volta. – Você enlouqueceu, Christopher?
― Por favor... – ele começou a falar e a campainha soou outra vez. – Dulce, por favor!
― Estou indo! – Samay entrou correndo na sala. – Estou indo!
― Sama, não! – Christopher arregalou os olhos e a senhora abriu a porta do apartamento.
― Bom dia, minha querida. – Samay cumprimentou a loira.
― Bom dia, Samay! – Anahí lhe beijou a bochecha.
Dulce encarou a loira, vendo-a agora tão bem vestida quanto de costume: a calça jeans branca e justa ao corpo e o sapato da mesma cor. O sobretudo comprido e no tom de rosa claro, impedia a morena de saber qual seria a cor da camisa que a mulher usava por baixo.
O cabelo estava impecavelmente liso, escovado e jogado para o lado. A maquiagem era clara e marcante, com os lábios desenhados e parecendo levemente maiores.
― Onde está o senador que não sabe atender o telefone? – Anahí brincou ao perguntar.
― Está aqui, meu bem. – Samay riu e puxou-a para dentro do apartamento. – Com a menina Dulce!
― Dulce? – Anahí a olhou com surpresa. – Oi. – a morena saiu detrás do senador. – Eu não sabia... não sabia que você estava aqui.
― Anahí, o que houve? – Christopher perguntou com seriedade. – Por que veio?
― Porque estou ligando há uma hora e você não atende o telefone! – deu de ombros. – Eu não sabia nem se estava vivo!
― Ora, Deus nos livre de algo assim! – Samay fez o sinal da cruz sobre si. – Vou colocar mais um lugar na mesa, sim?
― Samay. – a loira a olhou. – Não é necessa...
― Não diga mais nada! – interrompeu-a. – Saco vazio não para em pé! – foi até a cozinha. – E vocês três precisam comer!
― Dulce. – Anahí arrumou a bolsa no ombro. – Posso falar com você um minuto?
― Já está falando. – a morena deu de ombros.
― Não aqui. – a loira ignorou a resposta atravessada dela.
― Por favor. – Christopher indicou o escritório.
Dulce relutou alguns segundos, não estava disposta a enfrentar tal conversa, mas concluiu que se havia um bom momento para fazê-lo, era agora.
Seguiu a ambos até o escritório, entrou em silêncio e encostou-se no braço de um dos sofás.
― Posso deixar vocês sozinhas se... – a loira negou, sem deixar que ele terminasse de falar.
― Não é necessário. – Anahí deixou a bolsa no sofá oposto. – Vejo que estão juntos e acredito que estamos todos fartos de tantos segredos.
― Pode falar. – Dulce pediu, sem fazer qualquer menção ao relacionamento com o senador.
― Na realidade... - sentou-se no sofá. – Não tivemos oportunidade de conversar depois que eu... enfim, depois que contei sobre... tudo. Não quis entrar em muitos detalhes, porque Dante estava perto, e entendo que tudo isso seja especialmente difícil para ele.
― É difícil para mim. Para você. – Dulce deu de ombros ao falar. – Ele sempre soube muito bem quem era a própria família.
― Você falou com o Dante? – Christopher olhou com surpresa para a assessora.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...