— Eu não terminei com o Christopher, Li. – confessou. – Ele terminou comigo. Ele tomou a iniciativa, ele quis, porque eu... eu teria continuado. – mordeu o lábio inferior. – Mas ele achou que era o certo, e agora nem estou mais em posição de julgar nada, o fato é que nós terminamos. Nós terminamos porque ele sentiu que não era mais correto. Quando ele mais precisava de uma namorada, ele simplesmente escolheu terminar. Assim como ele escolheu não assinar nenhum contrato antes. Ele. – exalou. – Acredite, ele não é uma má pessoa. Ele é honesto, ele é íntegro, ele é firme e ele ama... ama esse país. Ele é um excelente senador, e eu não consigo não apoiá-lo. – abaixou o rosto. – Ainda que o Dan não entenda, eu simplesmente não posso não fazer isso. Assim como não posso deixar de apoiar o Dan, mas isso também foi algo que o Christopher não entendeu, então... – deu de ombros. – Todos arcamos com as consequências dos nossos atos.
— Eu sinto muito. – segurou a mão da morena. – Que as coisas tenham terminado dessa forma.
— Me acertarei com o Dan depois. – Dulce beijou a mão da ruiva. – Quando ele estiver disposto a ouvir sem julgar. E com o Christopher... vou ajudá-lo, se ele quiser a minha ajuda.
— Pelo que vi naquele hospital, eu diria que ele quer muito mais do que a sua ajuda. – deu um leve sorriso.
— Aquele cara do hospital, seja lá como ele era, não existe mais. – então beijou o rosto dela demoradamente. – Cuide do Dan, por favor. Ele teve uma noite de pesado intenso em Moscou, isso me preocupa.
— Amanhã ele estará de volta na terapia presencial. Nem que eu o leve arrastado daqui até lá. – assentiu. – Pode contar com isso.
— Obrigada. Eu vou para a casa da Anahí agora, se precisar, me ligue.
— Sim. Resolva tudo o que precisar resolver. – segurou o rosto da ex-cunhada e lhe beijou demoradamente a bochecha. – Mas acima de qualquer coisa, seja fiel a si mesma! O resto virá por si só, eu te prometo.
— Te amo! – abraçou-a em seguida. – Minha ruiva favorita!
— Eu também, gatinha! – riu e manteve-se abraçada a ela. – Te amo independente de qualquer outra situação.
— Obrigada por tudo. – sussurrou para ela.
— Estou sempre aqui. – disse baixo. – E mantenha o cabelo dessa cor, eu prefiro assim. – disse, e a morena gargalhou em seguida. – E não estou nem aí se o Dan disse ao contrário!
— Ele nem disse nada. – sorriu e separou-se dela. – Mas vou manter a sua opinião acima de qualquer outra!— É o que eu espero! – entrou na brincadeira. – A gente se fala mais tarde?
— Sim, nós nos falamos mais tarde. – Dulce assentiu prontamente.
Despediu-se da ex-cunhada, e antes de entrar no carro, ainda deu uma última olhada para o prédio, na esperança de ver o alemão na janela ou na sacada. Nem sinal dele.
Decidiu não insistir, acenou para a ruiva e entrou novamente no carro, pedindo que Huck a levasse para ver Anahí pessoalmente. O homem informou que a loira já havia voltado ao próprio apartamento, e que a levaria para vê-la.
Aproveitou o tempo sozinha para ligar para Maite e finalmente ouvir a versão da amiga sobre os fatos.
— Dul? – Maite atendeu com surpresa.
— Oi, meu amor. Me desculpe a demora tão grande em te ligar, eu... eu fiquei sem área no trabalho. – inventou, tentando soar convincente para ela. – Não tive oportunidade de pegar o celular antes.
— Eu preciso muito de você! – a voz tremeu no mesmo instante. – Podemos deixar as farpas de lado, por favor?
— Não existem farpas, Mai. Discordamos em meia dúzia de coisas, mas isso nem são farpas, pelo amor de Deus! – deu um leve sorriso. – Como você está? Como foi isso? Já conseguiu falar com o Christian?
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...