Capítulo 39, parte III

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Despediram-se dos amigos do espanhol, pegaram mais uma long neck e então subiram ao último andar do hotel.

Dulce caminhou descalça pelo corredor, sentindo o carpete quentinho e fofos sob os pés enquanto carregava o tênis em uma das mãos e mantinha a toalha sobre os ombros. Gal levava o leão de pelúcia e ia fazendo piadas com a morena durante o curto caminho.

Entraram no quarto e a vista dela expandiu-se diante de tanta beleza: o teto tinha a cor gelo, mas os móveis e detalhes eram todos cor madeira.

A cama era grande o suficiente para até quatro ou cinco pessoas, dois sofás espaçosos, uma grande televisão, frigobar, a janela enorme que lhe dava visão perfeita da cidade, e a mesa para trabalho.

Deixou o tênis ao lado da porta, a bolsa e a cerveja sobre a mesa, e seguiu caminhando pelo espaço, abriu a porta do banheiro e deparou-se com a área também exageradamente grande, com banheira e chuveiros separados, duas pias, espelho e diversos acessórios de beleza sobre a pia.

Quando voltou para o quarto, Gal já havia tirado a camisa e regulava a temperatura do aquecedor.

Ela reparou descaradamente na tatuagem dele outra vez, ocupando todo o espaço das costas do homem, e também no brasão da família; havia se encantado da primeira vez e voltava a sentir o mesmo encantamento agora.

— Está bom assim? – ele virou-se para ela e sorriu.

— Bom o que? – franziu o cenho.

— A temperatura. – apontou o chão e as paredes do quarto.

— Ah! Tem piso aquecido? – arqueou levemente as sobrancelhas. – Esse lugar não cansa de me surpreender!

— Não é Palma, né? O México sabe como judiar no frio. – pegou o controle e ligou o som.

— Confesso que sim. – distanciou-se dele. – Mas também sabemos esquentar rápido.

— E isso você me diz... – ajustou o volume ambiente da canção. – Baseado em que?

— Experiências. – deu de ombros. – As minhas, no caso.

Olhou-o de soslaio, escutou os acordes de Cuandu tú quieras, J Balvin, mas nada comentou, apenas pegou a cerveja e deu novamente um longo gole.

Logo sentiu o espanhol atrás de si e involuntariamente apertou uma das mãos na borda da mesa. Fechou os olhos, primeiro a língua dele deslizou por sua nuca, depois puxou a toalha dela para baixo e deslizou os lábios até a orelha direita. Mordiscou a ponta, beijou-a em seguida e subiu uma das mãos até o pescoço da morena, virando o rosto dela para si até que os lábios se encontrassem novamente.

Dulce rapidamente enroscou as línguas, deixou a cerveja sobre a mesa e subiu o braço para trás, tocando-lhe ola nuca sem deixar de beijá-lo. Gal a pressionou contra a mesa e mordeu-lhe o lábio inferior. Ela gemeu.

Subiu a blusa dela, tirou-a, e com apenas dois dedos também a livrou do sutiã. Virou a morena para si e a colocou sentada sobre a mesa.

Ela mal abriu a boca e a língua dele já havia buscado pela sua novamente, envolvendo-a em um demorado beijo enquanto as mãos exploravam todo seu corpo, abrindo a calça jeans e passeando por dentro da lingerie preta.

Os gemidos escaparam, e cada vez que ela o fazia, ele lhe chupava a pele mais forte; eram duas brasas que se encontravam e incendiavam a pele sem controle. Eram iguais.

Dulce separou os lábios, levou a boca até o pescoço dele e deslizou a língua lentamente pela região enquanto suas mãos abriram, rápida e habilmente, a bermuda do espanhol. Um sorriso desenhou-se em seus lábios ao sentir o quanto ele a queria.
Fogo a consumiu por inteiro.

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