Capítulo 40

470 52 98
                                    

Capítulo 40

Dulce acordou sentindo a cabeça pesar, a mistura de álcool na noite anterior agora voltava para acertar as contas de tamanha extravagança.

Abriu os olhos e puxou o celular em cima da mesa de cabeceira, viu as mensagens perdidas e arfou; esquecera-se completamente do mundo ao redor.

Fernando Espinosa
Eu pedi UMA coisa para você, Dulce María.
UMA coisa.
E você nem voltou para casa. Eu não sei o que está acontecendo com você, porque a minha filha não é assim!

Anahí Puente
Oi, cãozinho... passando só pra saber como foi o encontro?
Tá a fim de um almoço hoje?

Maite Perroni
Eitaaaaaa que a Espanha gritou OLE a noite toda! Hahahaa
Amiga, você quer que te espere para a editora ou nos encontramos lá?
Quer que leve uma roupa?
(aposto que você precisa...)

— Que merda. – bloqueou o celular e relaxou o corpo outra vez.

— Credo... – Gal disse rouco, puxando-a para si. – Como os mexicanos acordam estressados.

— Hm. – virou-se de frente para ele e sorriu ao vê-lo tão charmosamente com a cara de sono.

Cacete, Dul... – deslizou a mão por baixo da camisa branca dela. – Você parece que fica ainda mais gostosa quando acorda!

— Gal... – colocou a mão sobre a dele, na intenção de travá-lo. – Quebrei a minha principal regra ao dormir aqui. Eu deveria ter ido embora!

— Até parece que eu te deixaria sair de madrugada. E não, eu não queria sair desse quarto com você, menos ainda para te levar embora. – e voltou a subir a mão pelo corpo dela, chegando a um dos seios.

— Não comece. Agora eu realmente preciso ir embora. – disse, mas ele fingiu não ouvi-la e deitou-se sobre a morena. – Gal! Sério!

— Quem quebra uma regra, quebra duas. – beijou o queixo dela. – Vou te mostrar como sexo de manhã faz bem para a saúde... e melhora o humor. – subiu os lábios até o cantinho da boca dela. – Você vai ficar toda feliz... bem feliz.

— Filho de uma puta! – cedeu e girou levemente o rosto para unir as bocas por completo.

Terminaram entretidos e enrolados na cama por quase 40 minutos, e somente depois de saciarem o desejo é que ele a deixou tomar banho.

Quando a morena voltou, Galán já havia pedido que levasse algumas opções de roupa da loja do hotel para que ela pudesse se arrumar.

Dulce disse que não precisava, mas diante da insistência do homem, aceitou o agrado sem mais reclamar. Enquanto ele entrava no banho, ela passou a arrumar-se.

Colocou a calça jeans de lavagem, o tomara que caia laranja e colado ao corpo, e por cima o blazer da mesma cor.

Prendeu o cabelo em um alto coque e depois passou a base sobre o rosto, reparando que ela finalmente recuperara a expressão leve e menos apática.

Passou um pouco mais de blush do que de costume, esfumou os olhos com a sombra clara, delineou uma linha fina e passou diversas camadas de rímel.

Na boca, o batom nude e o gloss pincelado pelos lábios, apenas para dar um discreto brilho e destaque.

— Nossa! – ele parou ao lado da mesa e a olhou. – Eu posso te prender nesse quarto o resto da vida?

Dulce subiu os olhos para o homem e o viu com a calça de cor gelo, a camisa xadrez branca e por cima a polo verde clara, também de manga longa; aquela mescla havia ficado peculiarmente interessante na visão dela.

Jogada ParalelaOnde histórias criam vida. Descubra agora