— Santi... – encostou-se ao lado dele.
— Podemos falar disso daqui a algum tempo? – coçou a cabeça. – Quando você decidir começar a sair de novo e a ficar com outras pessoas. – pediu. – Eu também preciso de um tempo para assimilar se é uma boa fazermos isso.
— Claro! Óbvio! – riu e o encarou. – Quando eu digo que quero que me apoie de novo e que quero que tome vinho comigo, é que eu quero, literalmente, o seu apoio! Um amigo para sair, para ir do cinema à boate numa boa, para me fazer companhia quando eu ficar até tarde cobrindo pauta de carnaval... – abraçou-o. – E que me ligue para contar quem comeu ou me pedir pra ficar com o Simba, porque vai passar o fim de semana fora com a loirona gostosa do jornal. – ele gargalhou. – Amigos. Como sempre fomos.
— Amigos. – tocou o rosto dela. – Sim.
— E se, em dado momento, chegarmos a mais, como antes... – deu de ombros. – Já sabemos que nunca falha, não será um problema.
— Não falha, mas ainda é prematuro. – encarou-a. – Não quero ficar contigo e que amanhã você volte com o Christopher, porque... aquele cara chorou no meu ombro, e não quero sentir que estou roubando você dele.
— Você é muito respeitoso com ele. – afastou-se. – E seja sempre, acho bonito quando homens se respeitam. Mas também seja respeitoso comigo. – arrumou a bolsa no ombro direito. – Só não fique comigo se você, realmente, não quiser ficar comigo, e não porque você "sente" que me rouba de ninguém. Eu não sou um objeto para passar de uma pessoa para outra.
— Não, eu não disse...
— Quando digo que quero ficar com alguém, é porque eu quero seguir com a minha vida, e eu escolho ser solteira no caminho que vou trilhar agora. – deu um passo para trás. – Esquecer o Christopher ou qualquer outra pessoa, é um processo meu, e ele independe da boca que eu beijo.
— Dul. – aproximou-se. – Eu não quis...
— Vamos deixar as coisas como estão. – encerrou o assunto. – Bora entrar.
— Não fique assim comigo. – puxou-a por uma das mãos. – Por favor. Eu não quis dizer que você vai ficar com ninguém para esquecê-lo.
— Tá bom. – exalou. – Vamos entrar.
— Hey... – abraçou-a. – Me desculpe.
— Está desculpado, Santi. – soltou-se. – Anda, vamos entrar.
Ele sabia que o clima com ela não estava dos melhores, mas também sabia que tentar convencê-la a melhorar as coisas, seria perda de tempo. Então apenas aceitou e seguiu com ela para o evento.
Separaram-se sem a necessidade de combinar muito, sabiam bem o que fazer, tinham química, sintonia e muita experiência em momentos como aquele.
Dulce, como de costume, ficou responsável pelo tapete vermelho do evento, e viu os mais diversos atores, cantores e celebridades cruzarem o local; era impressionante como todos sempre "gostavam" de fazer o bem. Ou simplesmente ser lembrado por tal coisa.
Roberta chegou acompanhada da colega de nova, e Dulce rapidamente levou a câmera ao rosto, evitando que a loira a visse, não queria tragar a simpatia e o sorriso simpático da modelo.
Assim que terminou as fotos, seguiu para dentro do salão, atentando-se para que estivesse sempre longe de Roberta, queria evitar qualquer tipo de conversa.
Não soltou a câmera um só minuto, não pegou o celular, não se distraiu com nada, esteve inteiramente mergulhada no próprio trabalho.
Parara uma única vez para ir ao banheiro, mas esperou até que notasse que o lugar parecia vazio.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...