— Escuta... – chamou o elevador e virou-se de frente para ela. – Ficou muito chateada?
— Eu? – estranhou. – Por quê?
— Por eu ter vindo. – disse baixo. – E sem avisar.
— Alex... – a porta do elevador abriu-se em seguida.
Dulce deu espaço para que os funcionários saíssem, e esperou enquanto cada um deles fazia questão de cumprimentar o noivo.
— Desculpe. – ele entrou no elevador com ela. – Não tinha como não dar atenção para eles agora. – apertou o botão do térreo e a olhou. – Está muito chateada?
— Uhum. – encostou-o no espelho. – Vou te mostrar o quanto.
Como estava sem o habitual salto alto, subiu na ponta dos pés e junto a boca à dele, roubando-lhe o beijo que ficara perdido desde o dia anterior.
Sabiam que aquele era o único momento em que poderiam aproveitar um ao outro, e ele rapidamente passou os braços ao redor da cintura dela, puxando-a para mais perto.
Dulce subiu a mão livre entre os cabelos dele, apertando os fios ao mesmo tempo em que lhe mordia o lábio inferior.
— Alex... – disse baixo e ele lhe roubou outro beijo. – Alex...
— Te amo. – deslizou o polegar pela bochecha dela. – Sabia? Que te amo.
— Te quiero. – sorriu entre o beijo. – Y mucho, chiquito. – abraçou-o e escondeu o rosto entre a curva do pescoço dele.
— Cariño... – acariciou-lhe o cabelo. – Mi chiquita.
Ouviram o barulho do elevador, e para não criarem nenhum tipo de especulação, rapidamente se separam e ela lhe deu a mão para deixarem o local.
Dario, como de costume, os esperava em frente ao prédio, e não escondeu o sorriso ao ver a morena se aproximar.
— Nossa menina! – o motorista movimentou felizmente o corpo de um lado a outro.
— Dario! – Christopher riu. – Está fazendo dancinha pra ela?
— Eu danço junto! – ela imitou o senhor e logo o abraçou com força. – Dario!
— Menina Dulce! – sorriu ao poder abraçá-la. – Eu gosto quando o trabalho é te encontrar!
— Porque você é a perfeição dessa família! – ela brincou. – Aliás, aposto que tem dedo seu na escolha dessas flores!
— Ora... – o senhor corou, sem coragem para falar.
— Tem dedo dele. – Christopher girou os olhos. – Dele e da Sama. Pronto. – abriu a porta do carro. – Já descobriu. – entrou em seguida.
— Ele morre de ciúmes de nós! – Dario disse com o sorriso convencido.
— E deve ter mesmo! – ela brincou e lhe beijou o rosto. – Você e Sama possuem todo o meu amor! – piscou e foi para o carro. – E aí, partiu?
— Por favor, menina Dulce! – ele segurou a porta para que ela entrasse.
— Já terminaram o momentinho a sós? – Christopher a olhou de soslaio.
— Alex, com você e a Maite na minha vida, eu não preciso de mais nenhum tipo de cobrança, sabia? – deixou as flores sobre o banco e inclinou o corpo para ele. – Porque só vocês já roubam toda a minha atenção!
— Se não quer, tudo bem. – deu de ombros, e Dario arrancou o carro dali. – Eu almoço com ela. Talvez a Mai saiba me valorizar.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...