Capítulo 32
O sábado amanheceu ensolarado e agitado na capital mexicana, mas especialmente no apartamento de Dulce.
Maite agora dormia na improvisada cama que Fernando e Remedios haviam colocado no quarto da morena, e diferente de Dulce, que adorava demorar-se para levantar, aquela nova moradora despertava ao primeiro toque do despertador, e normalmente tinha uma energia invejável.
Dulce deixou que a amiga fosse a primeira a tomar banho, e assim aproveitou para dormir alguns minutos mais, o fuso-horário seguia judiando do sono da morena.
Quando Maite saiu do banheiro, encheu o borrifador de água e o espirrou no rosto de Dulce, fazendo-a despertar-se de vez... e reclamar por longos minutos.
Tomaram o café da manhã com Fernando, e depois arrumaram-se para a ida ao hospital. Maquiagem de palhaço, roupa branca, instrumentos e brinquedos para utilizarem nas dinâmicas daquela manhã; estavam prontas!
Santiago passou para buscá-las cerca de 40 minutos depois, perguntou sobre Dante, mas Dulce apenas disse que Ailin levaria o alemão para a visita.
Durante o trajeto, Maite tentou ligar pra Christian, e pela primeira vez o investidor atendeu a ex, ouviu-a respeitosamente, mas pediu alguns dias mais até que pudesse assimilar tudo o que acontecera. Maite não contestou, aquele representava algum progresso, e ela o aceitaria.
Chegaram ao hospital e, como de costume, Arango os recebeu e determinou os quartos a serem visitados naquela manhã.
— Dul? – Santiago aproximou-se dela, segurando a prancheta com os nomes. – Estou dividindo as duplas. Você vai com a Mai ou com o Dante?
— Hãn? – piscou seguidas vezes e guardou a bolsa no armário.
— Porque não temos o Christian, dessa vez. – explicou-se. – Para ficar com ela.
— Ahm... não sei. – franziu o cenho. – Dante não chegou e não sei se...
— Ele veio! – Santiago sorriu e acenou para o alemão.
Dulce mirou-o e o viu com a roupa branca e o jaleco de mesma cor, o rosto perfeitamente pintado, ressaltando as sobrancelhas e a boca vermelha e, por fim, a peruca laranja.
— Bom dia! – Dante sorriu ao aproximar-se da dupla.
— Bom dia, cara! Que coisa boa, você está andando perfeitamente! – Santiago sorriu e o abraçou para cumprimentá-lo. – Tem se recuperado bem!
— É... os exercícios têm sido intensos e frequentes. – Dante sorriu ao falar. – Um pouco dolorosos, mas tem valido à pena.
— Fico feliz, de verdade! – Santiago deu um leve tapinha em um dos ombros do alemão e sorriu. – Enfim, estava justamente perguntando para a Dul se vocês entrariam juntos ou...?
— Ahm, não sei. – Dante deu de ombros e mirou a morena. – O que você prefere?
— Sim, entraremos juntos. – Dulce assentiu e mirou o espanhol. – Santi, nos dá um minutinho aqui, por favor?
— Claro! – sorriu para o alemão, puxou levemente o rabo de cavalo da morena e então afastou-se. – Vejo vocês daqui a pouco.
— Mala sem alça! – ela riu enquanto o jornalista caminhava para falar com Maite.
Dante colocou a pequena mochila no armário, guardou o celular no mesmo lugar, depois passou o estetoscópio pelo pescoço e virou-se para a morena.
— Que tipo de apresentação você pensou para hoje? – olhou-a ao peguntar.
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Jogada Paralela
RomansaEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...