Capítulo 63
16 de setembro de 2018, 16h
Christopher chegou pontualmente às quatro da tarde no coração do centro histórico da capital mexicana: El Zócalo.
A praça da cidade já estava lotada, cheia de cidadãos que comemoravam a independência do país, tiravam fotos, ouviam músicas, dançavam e compravam os diversos produtos de artesanatos nas muitas barraquinhas espalhadas pelo local.
No palco principal, onde em breve o senador discursaria, agora apresentava-se um grupo da tradicional música rancheira.
Dario parou em frente à entrada, e tão logo o senador desceu do carro, várias pessoas aproximaram-se, na intenção de cumprimentá-lo ou conseguir uma foto com ele.
Christopher piscou para Dario, pedindo que ele o ajudasse, e então aproximou-se do grupo de admiradores que já começava a crescer.
Tirou diversas fotos, ouviu as dúvidas e pedidos de todos, garantiu que Dulce chegaria em breve, e prometeu algumas fotos junto com a noiva.
Uma senhora entregou a neta de dois anos no colo do homem, e Christopher brincou com a menina, sorrindo para a foto com ela e depositando um beijo no rosto da garotinha, antes de devolvê-la para a senhora novamente.
— Com licença. – Anahí aproximou-se. – Pessoal, ele precisa ir agora.
— Senador, por favor! – a mulher gritou. – Uma foto aqui!
— Claro. – ele concordou e aproximou-se dela.
— Christopher! – Anahí o olhou, furiosa.
— É selfie? – ele perguntou para a mulher, ignorando a forma como a loira lhe fuzilava com o olhar.
— Por favor! – a mulher sorriu e levantou o celular, ele sorriu em seguida. – Muito obrigada, muito mesmo! Eu sou muito sua fã! Votei em você!
— Obrigado pelo seu apoio. – Christopher a abraçou. – Vou honrar o seu voto. De onde você é?
— Nasci em Chiapas, não pude estudar, vim para a capital tentar a minha vida. Eu trabalho limpando casas durante o dia. – a mulher contou. – Estou aprendendo a ler agora. Eu só sei escrever o meu nome.
— Como se chama? – Christopher a olhou.
— Romina.
— Quem te ensina a ler?
— Meu vizinho. – disse orgulhosa. – Ele estudou todo o ensino fundamental.
— Sabe que há programas voltado para o estudo e alfabetização de todos que não terminaram a escola? – viu a mulher negar. – Ani! – ele acenou e a loira aproximou-se. – Essa moça simpática aqui é a Anahí... – piscou para a assessora. – Ela vai te dar todas as informações, porque amanhã, quero que a senhora procure um desses programas para estudar. Daqui a um ano, quando eu voltar aqui, quero ouvir que a senhora está lendo, está escrevendo... e tudo o mais! Temos um combinado?
— Ai, senador... – levou as mãos ao rosto, sem saber o que dizer.
— Você consegue! A vida não te parou, e nem vai te parar! – abriu os braços para ela. – Conte comigo, sim?
— Obrigada, senhor! – abraçou-o em seguida. – O senhor é muito bom! Deus te abençoe.
— Amém. – abraçou-a uma última vez. – Firme no nosso combinado, hein? Se precisar de qualquer coisa, a senhora sabe onde eu trabalho! Pode bater lá!
— O senhor é uma benção nas nossas vidas! – disse encantada. – E a sua noiva também, senador. Eu sou muito fã dela!
— Fico feliz. – ele sorriu de lado. – Vou dar o seu recado para ela, tá bom?
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...