Capítulo 9

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Capítulo 9

Christopher acordou muito mais cedo que o horário de costume, tomou um banho rápido, e colocou o moletom para descer até a cozinha.

Samay chegou quase meia hora depois, e ao ver o desespero e confusão do homem, tratou de ajudá-lo a colocar ordem em toda a bagunça que ele criava. Logo o senador subiu novamente para realmente arrumar-se enquanto a senhora dava conta de preparar todo o café da manhã.

Ele terminava de dar o nó na gravata quando o amigo entrou feito um furacão no quarto.

— Onde está o melhor senador deste país? – mal terminou de falar e já havia apertado o amigo no abraço.

— Christian! – ele gritou pelo susto. – Brother, quase me mata! São seis da manhã!

— E quinze minutos. – riu. – O aeroporto estava um inferno, mas o importante é que eu cheguei!

— Brother... – só então Christopher pôde encará-lo.

— Você é senador, porra! – abraçou-o outra vez. – Você conseguiu! Puta merda!

Christopher riu e permitiu-se viver aquela pequena comemoração com o amigo, havia sentido uma imensa falta de tê-lo por perto naquele momento tão importante; ele sabia que Christian teria feito festa durante dias seguidos, se estivesse no México.

— Cara, na boa, acho que você é a pessoa que mais me orgulha nessa vida! – Christian o apertou no abraço, dando-lhes alguns tapinhas nas costas. – Estou feliz para caralho! Parabéns por isso!

— Obrigado... – ele ria do jeito do investidor. – Obrigado, cara. Obrigado por isso.

— Agora nós vamos comemorar, sim? – só então o soltou. – Do jeito que Deus manda e do jeito que você merece!

— Coloque um pé no freio dessa sua agitação toda, por favor. – ainda ria. – Ser eleito significa não poder mais frequentar certos lugares.

— Eu não disse onde é que nós vamos comemorar. – arqueou as sobrancelhas e riu. – Mas vou dizer agora: será em casa!

— Bom, aí sim! – então animou-se. – Estou confirmado!

— Com muita cerveja e tequila! – pontuou e o amigo assentiu prontamente.

— Conte comigo! – voltou a arrumar a gravata. – Estou precisando de um bom porre!

— Sem fotógrafos, sem imprensa, sem celular! Prometo que estaremos muito bem protegidos de todo olhar externo. – encostou-se à parede. – Domingo, ok? Durante o almoço.

— Espera, o que? – negou com a cabeça. – Domingo agora? Domingo não consigo, cara.

— É domingo! – disse em tom óbvio. – Ninguém nunca tem nada para fazer no domingo!

— É o único dia em que eu não posso. – terminou o nó na gravata. – Não pode ser no sábado?

— Não, tem que ser domingo! – disse firme. – Que tipo de compromisso você tem em pleno domingo?

— Já havia combinado algo com o Poncho. – disse de forma suscinta. – E não rola desmarcar, não podemos passar a festa para o sábado?

— Em primeiro lugar... – aproximou-se dele e levou as mãos à gravata do homem. – Dulce faz uma falta tremenda, porque isso aqui está ridículo.

— Pode fazer o favor de não mencioná-la? – bufou enquanto o amigo desfazia o nó que ele, com tanto esforço, fizera na gravata. – Porque caso não se lembre, devo esclarecer que não é uma escolha minha que ela faça falta.

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