Capítulo 4
— Amor! – Dulce gritou do andar debaixo do apartamento. – Você demora?
— Estou indo! – gritou de volta, descendo rapidamente as escadas enquanto tentava dar o nó na gravata.
— Você já disse isso três vezes! – Dulce riu sozinha enquanto terminava de cortar o mamão no prato.
— Tudo isso é saudade de mim? – abraçou-a por trás. – Meu Deus, como está cheirosa!
Dulce soltou os talheres e girou parte do corpo na direção do marido, ampliando o sorriso ao vê-lo com o terno azul claro e o cabelo já penteado.
Subiu as mãos pela gravata dele, fez o nó tranquilamente e então lhe deu um demorado selinho.
— Você fica um charme quando veste azul, Alex. – ela manteve as mãos em seu rosto.
— Eu escolhi para você. – roubou-lhe um selinho. – Já disse que te amo, María?
— Não nos últimos cinco minutos. – brincou. – Te quiero, chiquito.
— Te quiero, chiquita mía. – sentou-se ao lado dela. – E a pequena, por onde anda?
— Cismou que queria trocar de vestido. – negou com a cabeça. – Eu não cedi. Adivinhe atrás de quem ela foi.
— Sama, claro. – disse e a esposa riu.
— Nós já a perdemos para a Sama, está claro para você? – brincou. – Não temos nem chance de recuperá-la.
— Muito claro... – aproximou os rostos. – Isso significa que deveríamos fazer mais uma?
— Alex! – gargalhou e ele lhe beijou o pescoço. – Não... nem comece! – ele tocou o rosto dela e a fez encará-lo. – Alex... não.
— Vamos ter mais um. – sussurrou ao pedir. – Mais um... uns... vários... muitos.
— Daqui a um, dois, três anos... quatro... – disse e ele negou com a cabeça. – Cinco anos... sim, isso sim.
— Agora. – beijou-lhe os lábios. – Esse ano, hm? Chiquita...
— Disse que não, chiquito. – encararam-se. – É cedo, amor.
— Acha mesmo? – ele sorriu de lado. – Hein, amor?
— Veja quem finalmente chegou! – Samay entrou na sala, carregando a pequena garotinha em seu colo. – O papai desceu, princesa!
— Papá! – a pequena abriu os braços e jogou o corpo para a frente.
— Minha princesa! – Christopher sorriu e pegou a menina no colo. – Bom dia, vida do papai!
— Papá... – a menina brincou com a barba dele. – Óia...
— Você está muito bonita com esse vestido rosa! – ele brincou com a filha. – Quem foi que colocou em você, hein?
— Hm... Sasa! – ela apontou Samay e sorriu.
— A tia Sasa vestiu você, filha? – ele fingiu surpresa. – Ah, a tia sabe mesmo das coisas, né?
— E essa princesa se comportou muito bem! – Samay piscou para o casal.
— Mamá? – a menina jogou-se para ela. – Mamá...
— Venha, pequena. – segurou-a em seu colo. – Mamãe cortou o mamão para você, quer?
— No... – ela sorriu e levou as mãos ao seio da morena. – Esse!
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...