Capítulo 14, parte II

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Na sexta-feira, Christopher acordou ao segundo toque do despertador, estava cansado pela semana puxada que tivera, e foi arrastando-se até o banheiro.

Tomou o banho mais demorado dos últimos dias, vestiu a calça social gelo, colocou a camisa e fez o nó da gravata fora do closet; não queria lembrar-se dos momentos com Dulce ali.

Penteou o cabelo, calçou o sapato, guardou o celular no bolso do terno, e então desceu para o café da manhã.

― Bom dia, Sama! – entrou na sala. – Um bom... – viu a loira na mesa. – Anahí!

― Bom dia, querido. – sorriu e bebericou o café. – Fique à vontade, finja que a casa é sua.

― A casa é minha! – arregalou os olhos e Samay entrou na sala. – Sama, o que é isso?

― Bom dia, meu filho. – sorriu. – A menina Anahí chegou enquanto você estava no banho.

― Eu notei! – disse com leve ironia. – Não vou nem poder comer em paz agora?

― Ah, Uckermann, sem drama. – ela girou os olhos. – Compartilhe o bom café da manhã da Samay! Não seja ruim!

― Está bem. – deu de ombros e sentou-se à mesa. – Mas não vamos falar de trabalho agora!

― Combinado. – Anahí assentiu tranquilamente.

― Quer café, meu filho?

― Por favor, Sama. – então sorriu. – Mas antes pode fazer um suco de laranja? Estou cansado, a semana foi intensa.

― Sim, querido. Trago logo. – deixou o local. – Então, Ani, o que você quer?

― Eu? – comeu a torrada. – Queria falar de trabalho, mas já que você não quer...

― Não. Nada de trabalho durante o café da manhã. – firme. – Esse é o único momento em que consigo ter paz, e não quero desperdiçá-lo.

― Tudo bem. – ela sorriu com cinismo e mordeu novamente a torrada. – Vamos falar de outras coisas, tipo... já ligou para a Dulce?

― Anahí! – bateu na mesa.

― Não é trabalho! – mastigou devagar.

― Não se fala mais dela dentro dessa casa. – pegou o mamão. – Fim de assunto.

― Ok. É uma pena... – olhou-o de soslaio.

― Se veio para me atormentar com esse assunto, pode fazer uma marmita e me deixar em paz! – bufou.

― De novo, querido: eu vim falar de trabalho! – piscou. – Mas agradeço pela marmita. Não tenho uma Samay em casa.

― Deus do céu... – ele negou com a cabeça. – Como você está? – ela o olhou. – A... gestação.

― Ah... bem. – então deixou de sorrir. – Está tudo tranquilo. Sabine e Félix não saem do meu pé, mas...

― Serão avós, digo... – deu de ombros. – É normal que queiram se envolver, não é?

― Pode ser. – voltou a comer. – Seus pais estão bem?

― Sim, já estão de volta a Nuevo León. – comentou. – Falei com a minha mãe ontem.

― Isso é bom. – forçou o sorriso.

― Aqui, meu filho. – Samay voltou com os dois copos de suco. – Trouxe um para você também, querida. Vitamina é bom para começar o dia!

― Samay, você é perfeita! – Anahí piscou. – Obrigada por isso.

― Obrigado, Sama.

― De nada. Eu trago o seu ovo logo, meu filho.

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