Capítulo 42, parte IV

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Deslizou ambos os polegares ao redor dos olhos dela, parecendo desenhar o formato amendoado e delicado que tinham. Desceu até os lábios dela e ela beijou a ponta de seus dedos.

— Te amo. – sussurrou. – Você fez muita falta, garota.

Ela ficou na ponta dos pés, levou as mãos ao rosto dele e o viu fechar os olhos para que ela o livrasse da máscara. Depois sentiu as mãos tocarem levemente seu rosto, deslizando-se facilmente pela região e parando em seus lábios. Ele fez o mesmo e beijou a ponta dos dedos da morena.

— Te amo. – ela disse e o viu abrir os olhos outra vez. – Você fez muita falta, garoto.

Beijaram-se em seguida, as boca se buscaram com a urgência de quem já havia passado suficiente tempo longe e fingindo que sabia aguentar tal distância.

Dulce encolheu-se entre os braços dele, mordendo-lhe os lábios e chupando-lhe a língua enquanto sentia as mãos dele deslizarem por suas costas e a apertarem com desejo.

Quando separaram os lábios, ela desceu da ponta dos pés e levou os braços até o zíper do vestido, abaixando-o aos poucos.

Viu como Christopher acompanhava cada movimento sem nem mesmo piscar, e por um segundo, ela não soube se ele a desejava ou a estudava; talvez a mistura de ambas as coisas.

Assim que terminou de abaixar o zíper, encarou o senador e jogou levemente os ombros, indicando o que ele deveria fazer.

Christopher a obedeceu, levou as mãos aos ombros da morena e abaixou o vestido lentamente, deslizando as mangas longas até que ela tivesse os braços totalmente livres. Parou a peça na cintura dela, engoliu lentamente ao notar os seios fartos na lingerie vermelha, a pele branca e arrepiada.

Dulce esticou o braço até a garrafa aberta de tequila, despejou um pouco da bebida em cada copo e entregou um para ele.

— Aos segundos encontros? – ela propôs.

— Aos segundos encontros. – dessa vez ele aceitou e logo bateu levemente o copo contra o dela.

Beberam em seguida e Christopher sentiu o corpo arrepiar-se, não pelo álcool forte que ingeria, mas por ver a morena fechar os olhos e suspirar sensualmente enquanto saboreava o gosto da tequila. Os olhos dela fechados, a forma como passava a língua pelo lábio inferior, o curto e tímido gemido que lhe escapara entre os lábios. Precisava tocá-la.

E Dulce pareceu sentir exatamente o que ele pretendia fazer, então abriu os olhos, colocou os copos sobre o balcão e voltou a encher apenas um deles, agora parando na metade da dose.

Olhou de soslaio para o homem e deu um leve sorriso ao notar a mirada sedenta dele.

Fixou os olhos contra os dele, e sem desviá-los, despejou o líquido entre os seios; Christopher acompanhou o movimento das gotas escorrendo pela pele dela.

Se ela queria enlouquece-lo, havia conseguido com um único movimento. O homem não esperou que ela dissesse nada, tirou o copo da mão dela, empurrou-a gentilmente contra o balcão e subiu os braços dela para trás, segurando os pulsos da morena com apenas uma das mãos.

Dulce sorriu, boba, feliz, ansiosa e entregue. Sorriu por ele. Sorriu por causa dele.

O hálito quente de Christopher aproximou-se de seus seios, sentiu-o beijar lhe a pele e chupar a região devagar. Depois abriu o fecho do sutiã na parte da frente e ela fechou os olhos ao imaginar a expressão prazerosa que ele havia feito ao perceber que a abertura da peça era tão simples.

O gemido formou-se em sua garganta em seguida, quando a língua dele passou a deslizar por um de seus seios, passeando entre a aréola e o mamilo, chupando-a com vontade, mordiscando a região até ouvi-la gemer mais alto.

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