O terror

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No decorrer das semanas, Aisha costumava ir até a escola supletiva para poder tirar dúvidas quanto aos conteúdos. Então, veio em sua mente, aparentemente naquele ambiente, enquanto ela estava a estudar em uma sala, as lembranças da sua noite de núpcias. Imediatamente Aisha parou os seus estudos e começou a pensar com um olhar distante, quando todas aquelas ações apareceram em sua memória com um grande nível de detalhes:

Aisha se lembrava que ao entrar no quarto do seu esposo, inicialmente ela ficou impressionada com a luxuosidade daquele espaço. Logo em seguida, Osnin começou a tirar a sua própria roupa e pediu que Aisha retirasse as dela para que eles pudessem consumar aquele casamento.

Ela se recorda que assim que os dois estavam completamente nus, Osnin disse de forma muito severa: - Eu fiquei muito chateado com a sua tentativa de fugir no dia do nosso casamento. Vejo que não aprendeu nada com o seu pai! Aisha se recorda que sentiu um medo extremo naquele momento, quando ela disse: - Eu já lhe pedi perdão por isso senhor e o meu pai já me puniu severamente na presença dos senhores. Eu estou a sentir muitas dores, ele me bateu intensamente. Acho que já aprendi a lição com aquela intensa surra. Eu não vou mais contrariar nenhum homem nessas terras. Eu prometo meu marido. Naquele instante ela repetiu essa última frase algumas vezes ao ver o olhar ameaçador do marido. Aquela imagem parecia que estava acontecendo naquele momento de tão reais que eram aquelas cenas em sua cabeça. Ela relembra da resposta de Onsnin: - Para mim isso não foi suficiente, você me humilhou muito ao fazer aquilo em frente aos meus irmãos e meus convidados. Naquele instante, Aisha se recorda que recebeu um forte tapa do marido em seu rosto, ficando ainda mais desesperada, quando ela respondeu: - Mais uma vez lhe peço perdão senhor. Eu não sei o que deu em mim para tomar aquela atitude.

Aqueles pensamentos continuam:

Aisha se lembra que depois dessas justificativas, Osnin se descontrolou ao relembrar dos membros de sua família a comentar o sumiço da noiva. Naquele instante ele a pegou abruptamente, colocou seu corpo sobre o dela, ainda deitados na cama, e começou a apertar intensamente a garganta da jovem, a deixando intensamente desesperada. Depois de alguns segundos a sufocá-la, ela então começa a segurar o seu braço e ele ordena que ela não toque nele, de forma muito intensa e dura. Como a reação daquela jovem era fisiológica, já que ela queria respirar, ela não a tirou de forma imediata, o que fez com que seu esposo entendesse aquela ação como uma afronta a sua ordem. Em resposta, ele lhe acerta um forte soco em seu olho direito. Aisha sentiu uma dor muito intensa, logo as suas vistas clarearam e ela sentiu como se tivesse a ver uma estrela brilhante em seus olhos, no momento daquele impacto. Imediatamente ela caiu novamente na cama a chorar de forma ainda mais intensa, quando aquele senhor começa a repreendê-la de forma ainda mais severa aos gritos: - Você está achando que eu sou o seu pai não é Aisha, que não lhe ensinou bons modos? Foi permissivo e não lhe ensinou a respeitar aquilo que diziam os homens mais velhos dessas terras?

Aisha se lembra que continuou a chorar intensamente. Quando outras lembranças terríveis vem em sua mente.

Desesperada ela tentava colocar as mãos em seu rosto, que estava doendo intensamente, mas o seu marido ordenou que ela não fizesse isso. Como reação, com um intenso medo, a tremer, ela se lembra que abaixou a sua mão, a colocando em cima de suas pernas, enquanto ainda estava deitada abaixo do esposo. No momento em que viu as reações de Aisha respeitando as suas ordens, Osnin disse de forma rude: - Agora eu vou te ensinar a ser uma boa esposa. Eu vou te ensinar a me respeitar, nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida. Você está feliz em sujar a minha honra e a de sua família ao fugir do nosso casamento? Ela se lembra do terror que teve naquele instante. Ela pensava que qualquer coisa que dissesse poderia ser ruim, ficando calada, quando ele continuou a interrogá-la: - Você está feliz em ler aquele livro proibido? Então ela respondeu: - Senhor, eu não estou feliz senhor. Eu cometi um erro enorme e já pedi perdão a todos pelos meus erros, inclusive ao senhor. Isso nunca mais vai se repetir, eu prometo. Disse Aisha a chorar intensamente, sentindo ainda dores em seu rosto, principalmente em seu olho que foi atingido por aquele forte soco de seu marido. E então ele disse em tom ameaçador: - Eu sou um homem muito bom Aisha, se fossem os meus ancestrais você estaria perdida. Por muito menos os meus pais e avós teriam arrancado uma ou duas de suas orelhas para você aprender que deve respeitar o seu pai ou o seu marido. O meu avô fez isso com uma de suas esposas e a abandonou para morrer na montanha. Sabia? Posso fazer o mesmo com você se não atender as minhas ordens daqui pra frente. Diz Osnin em tom seco e ameaçador.

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora