A reação de Sarwar

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Era sexta-feira, dia 29 de novembro de 2013 e Aisha estava a se dirigir tranquilamente para o seu trabalho de táxi naquele dia, como fazia rotineiramente. Ela fez os trabalhos do seu expediente normalmente o terminando por volta das 18 horas, quando começou a escurecer naquela noite fria.

Enquanto saia da empresa, ela ligou para o táxi que estava a alguns quarteirões dali e o taxista combinou com ela que chegaria em frente ao prédio em 10 minutos. Muito precavida, Aisha sempre esperava aquele carro parar, para sair da frente do prédio que trabalhava e caminhar até ele.

No tempo programado aquele táxi parou na frente do edifício do escritório. Ela começou a andar em direção ao carro, quando um homem que estava na frente dela, entrou rapidamente dentro daquele veículo e, como estava armado, ordenou que o taxista acelerasse o carro. Aterrorizado, o taxista, ligou o carro e o arrancou rapidamente.

Muito assustada ao ver aquela cena do homem a entrar no carro que estava reservado para ela, Aisha se aproximou ainda mais, quando notou que aquele estranho rapaz estava armado, e logo suspeitou que ele estava assaltando o taxista.

Imediatamente ela virou para trás, e quando pensou em pedir socorro, um homem a agarrou segurando sua boca, em uma ação muito rápida. Uma Van ocupou o espaço onde estava aquele táxi, que havia acabado de partir, a porta daquele carro foi aberta e ela foi jogada dentro desse veículo, sem chances de ter qualquer reação.

Os homens que estavam dentro da Van, a seguraram com força, a amordaçaram, amarraram os seus membros e colocaram um capuz em seu rosto. Aquela jovem estava desesperada a tremer intensamente. Eles percorreram com ela alguns quilômetros, por pouco mais de 40 minutos, quando ela viu que o carro se movimentava em um local mais esburacado, que parecia ser uma estrada rural.

Logo que aquele carro parou, eles a retiraram e a levaram para um lugar fechado, a colocaram em um cômodo de uma casa, sozinha amarrada a uma cadeira e fecharam a porta. Aisha chorava muito naquele momento. Estava aterrorizada, não sabia o que aqueles homens iriam fazer com ela. O seu destino daquele momento em diante era uma incógnita.

Os minutos foram passando e o seu desespero ia aumentando. Vendada, amordaçada e amarrada, ela não tinha como realizar nenhuma ação. Em seus pensamentos havia apenas uma questão: Será que sairei viva daqui?

Depois de muito refletir, sentindo o seu corpo tremer e lágrimas a percorrer as suas bochechas de forma descontrolada, a porta do espaço que ela estava se abriu e o seu terror aumentou ainda mais. Logo aqueles homens tiraram o capuz dela e ela conseguiu olhar para eles, mas estavam todos com toca ninja, de forma que fosse impossível os reconhecer.

Eles retiram a sua mordaça e veem aquela jovem com um semblante completamente aterrorizado, quando eles a questionam:

- Você sabe porque está aqui Aisha?

Com medo de responder qualquer coisa, ela prefere responder que não, balançando a sua cabeça.

- Eu não gosto de mentiras Aisha. Tenho certeza que você desconfia o motivo de estar aqui conosco essa noite?

- Eu desconfio senhor, mas não tenho certeza. Afirma ela a chorar.

- Então me diga Aisha, porque acha que está aqui?

- Eu tenho um amigo do Afeganistão que o pai dele não aprova a nossa amizade. Ele disse que não ficaríamos juntos e estava me ameaçando. Acho que ele pode ter ordenado que os senhores me pegassem.

- A culpa de você estar aqui é o fato de não ouvir ameaças Aisha.

- Mas, eu não me encontrei com Saleh nos últimos dias. Afirma Aisha a chorar ainda mais intensamente, quase a interromper aquele homem.

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora