A busca no Paquistão

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Tudo que Saleh pensava naquele momento, enquanto olhava aquela paisagem árida da região, pelos vidros daquele ônibus, era em Aisha. Completamente apaixonado, ele sabia que estava fazendo uma loucura muito grande, que poucos que conheciam aquela cultura rígida como ele teriam coragem de fazer. Mas, ele estava feliz por ter realizado aquela ação e, de alguma forma, lutar por aquele amor que estava na Inglaterra.

Depois de mais algum tempo de viagem, ele finalmente chega na cidade de Pexauar no Paquistão e o ônibus para na rodoviária. Poucos minutos depois o carro de seu pai entrou naquela avenida, a percorrendo por alguns metros e logo em seguida eles acessaram o estacionamento daquele estabelecimento, todos olhando para o ônibus que partiu da cidade de Cabul.

Logo que param o carro, eles descem e vão correndo para o ponto de embarque e desembarque do ônibus que trouxe Saleh. Ele estava ligado, recebendo os últimos passageiros, quando Andric correu e entrou naquele veículo para procurar o irmão, de forma abrupta, assustando a todos os passageiros e o motorista pela forma afoita que ele entrou naquele espaço.

Logo o motorista diz:

- O senhor não pode entrar aqui dessa forma. Onde estão as suas passagens?

- Desculpe motorista, mas eu estou procurando o meu irmão que veio de Cabul. Ele estava nesse ônibus.

- Ele está dentro desse ônibus senhor?

Andric olha para dentro daquele veículo mais atentamente, não encontra Saleh e responde:

- Não senhor. Ele não está aqui.

- Então por favor o senhor precisa sair. Já deu a hora de minha partida e não posso atrasar, pois tem outro ônibus para chegar e ocupar essa plataforma. Afirma o motorista demonstrando certa irritação.

- Tudo bem senhor. Me desculpe. Disse Andric ao sair e vê-lo partir em seguida daquela plataforma.

Tendo a certeza de que Saleh estava naquele ônibus quando ele chegou na rodoviária, pois, ele atravessou a fronteira e a primeira parada daquele veículo era naquela cidade, eles começaram a perguntar as pessoas que passavam se eles haviam visto alguém com as características daquele jovem, mas, sendo aquele local muito movimentado a aquela hora, ninguém afirmava que havia o visto.

Cansados depois de percorrer tantos quilômetros, eles se sentaram um pouco para tomar uma água, foi quando aquele guarda-costas viu que aquele lugar tinha câmeras de segurança em alguns pontos. Logo ele olhou para a saída daquele estabelecimento e constatou que haviam algumas delas naquele espaço. Ele se identificou para alguns seguranças e informou que trabalhava na guarda de um importante membro do governo Afegão e que precisava avaliar se uma pessoa havia chegado naquela rodoviária.

Aquele segurança os levou a uma sala de controle daquele espaço e eles começaram a ver as filmagens. Minutos antes de sua chegada, eles veem Saleh saindo do ônibus em direção a uma avenida que ficava em frente a rodoviária. Em uma outra câmera, eles notam que ele pegou um táxi. Imediatamente eles focam na placa daquele carro, anotam as informações, saem daquela sala agradecendo aos policiais e vão ao ponto de táxi saber se aqueles profissionais tinham algum contato do taxista que havia saído com Saleh.

Depois de questionarem muitos daqueles trabalhadores, um dos taxistas informou que tinha o telefone celular do motorista daquele carro e os passou. Logo Sarwar fez a ligação e assim que aquele senhor atendeu, ainda na estrada, enquanto Saleh estava a observar o dossiê com informações de Aisha, o seu pai questionou:

- O senhor é taxista?

- Sim senhor, mas no momento estou em meio a uma viagem. Com quem eu falo?

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora