Casamento forçado e abusivo II

Novos encontros com Caivan

Ainda na noite daquela quarta-feira, Aisha entrou em contato com o seu pai, contando as novidades dos seus últimos dias. Novamente, Johnson fez recomendações com relação a sua segurança antes de se despedir:

- Fico muito feliz que esteja tudo bem com você Aisha. Continue sempre andando acompanhada do seu segurança. Mesmo que achemos que as coisas estão tranquilas, de uma hora para outra, tudo pode mudar.

- Eu sei disso pai. Todas as vezes que saí do hotel foi com ele. Tenho atendido direitinho as suas recomendações quanto a segurança. Eu estou me cuidando para que tudo fique bem. Sinto muitas saudades de vocês todos.

- Nós também sentimos muito a sua falta. Eu não vejo a hora de te encontrar aqui novamente Aisha. Estou mesmo com muita saudade de você!

- Em breve estarei retornando meu pai. Agora só falta uma semana em meia. Tem passado rapidinho. Logo, logo estarei aí.

- Tudo bem minha filha. Muito obrigado por ter ligado. Fique com Deus!

- Fique com Deus também meu pai e muito obrigada por tudo!

Então aquela ligação é encerrada. Naquela noite Aisha havia marcado um novo encontro com Caivan e precisava se arrumar para isso. Pouco após as 19:00 horas, ligaram da recepção informando que ele estava a esperá-la. Aisha, preferiu não chamar o segurança naquele primeiro momento e desceu para se encontrar com o seu amado.

Ao chegar naquele local, Caivan logo elogiou a beleza de Aisha e ela retribuiu também dizendo que ele estava muito bonito. Nesse instante, ele disse que havia marcado de ir com ela em um restaurante, quando ela disse:

- Eu preciso chamar o meu segurança para ir junto.

- Aisha, você está comigo, não precisa se preocupar com a sua segurança. Eu te protejo.

- As pessoas dizem que para turistas é um pouco perigoso andar por essas ruas, especialmente, anoite, sem segurança Caivan. Eu me sinto mais segura se estiver com ele.

- Não estamos tendo problemas de atentados aqui nos últimos meses, Aisha. Não precisa se preocupar tanto assim. Afirma Caivan, demonstrando inquietude naquele instante.

- Eu prefiro ir no meu carro Caivan. Ele é um carro blindado e vou também acompanhada do meu segurança.

- Já que insiste, tudo bem. Vou aguardar você aqui e vamos no carro do seu segurança.

- Tudo bem. Já vou chamá-lo.

Então Aisha entrou em contato com o segurança particular e ele disse que desceria em alguns minutos para acompanhá-la. Logo eles se dirigiram então para a porta daquele hotel, para aguardar o carro. Naquele instante, Caivan estava com cara de poucos amigos, demonstrando não estar contente por ter que andar com seguranças no decorrer daquela visita de sua amada.

Em poucos minutos o segurança apareceu e Caivan lhe deu as coordenadas até o restaurante. Enquanto eles entraram naquele espaço o segurança afirmou que ficaria ao lado de fora a aguardá-los.

Eles entraram naquele estabelecimento, mas, Caivan parecia não estar muito bem com aquela situação. Aisha chegou a questionar, porque ele parecia estar chateado, quando ele respondeu:

- Eu ainda não estou acostumado a andar com uma pessoa ao meu redor o tempo todo Aisha. Isso tira a nossa privacidade. Eu esperei tanto para te encontrar e quando nos encontramos, temos que levar uma pessoa o tempo todo para onde vamos.

- Caivan, acalme-se. Eu preciso me sentir segura. Sou uma estrangeira e no nosso país, infelizmente, estrangeiros precisam de seguranças.

- Não precisam Aisha. É exatamente isso que estou tentando lhe demonstrar nas nossas conversas pela internet e desde que chegou aqui. O nosso país não é todo esse perigo que os povos do Ocidente insistem em dizer que é. O nosso país mudou muito. Assim como o nosso povo. Assim como eu mudei. E fico triste em sermos tratados como pessoas tão estranhas. Nós não somos selvagens. As pessoas não precisam de proteção para andar nas nossas ruas! Afirmou Caivan em tom severo.