A continuidade da busca no Paquistão

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Ainda dentro daquele estabelecimento, Saleh se mostrando assustado, vê aqueles dois carros pararem a alguns metros do restaurante em que estava para pedir informações, provavelmente, sobre o paradeiro dele.

Com o intuito de se esconder melhor, ele vai a um ponto mais ao fundo daquele espaço para não ser avistado e quando aquele carro parte virando a rua e tirando o campo visual de onde estava, ele sai imediatamente daquele local caminhando em sentido contrário, rumo a parte mais central do mercado, onde haviam mais pessoas e poderia haver um táxi que o levasse para fora daquela cidade. Enquanto caminhava o seu coração batia mais forte. Ele andava rapidamente, olhando para todos os lados, especialmente em direção as ruas para ver se avistava aqueles carros que o seguiam.

Naquele mesmo instante, o pai de Saleh buscava informações com moradores que passavam por aquelas ruas, quando um deles afirmou que viu um jovem com as características procuradas e que portava uma mochila conforme a descrição entrar em uma Lan-house, os indicando o caminho.

Logo que eles chegaram naquele local cheio de computadores, o atendente confirmou que uma pessoa com as características de Saleh acessou um dos equipamentos e olhando o histórico da máquina, eles perceberam que ele havia entrado em um site com informações de voo do aeroporto de Islamabad. Naquele instante, eles chegaram a conclusão de que deveriam ir para aquela cidade para pegar aquele jovem, que provavelmente, tentaria fugir para a Europa daquele ponto.

O seu pai então dispensou aquele taxista que havia levado Saleh de Pexauar até aquela cidade, o informando que daquele momento em diante eles fariam a busca sozinhos, lhe dando um bom dinheiro pela informação que ele lhes deu sobre o paradeiro daquele jovem.

Minutos antes daquela descoberta, Saleh havia pego o primeiro táxi que encontrou naquele mercado e pediu que o levasse até a cidade de Islamabad. O taxista ficou extremamente feliz quando soube o destino daquele jovem, já que seria uma corrida longa que lhe daria um bom dinheiro. Ao ver que Saleh parecia nervoso e suando muito ele questiona:

- Parece apreensivo senhor?

- Sim. Eu estou um pouco atrasado para um compromisso na Capital, por isso estou tão preocupado.

- O compromisso do senhor é que horas lá?

- Eu tenho que pegar um ônibus rumo a Índia às 18:00 horas senhor. Acredita que conseguimos chegar a rodoviária até esse horário?

- Faltam duas horas, se o trânsito na capital não estiver ruim, com certeza chegaremos. Eu vou acelerar o máximo possível na estrada para que não perca o seu compromisso, pois chegaremos na capital no horário de pico e Islamabad nesse horário tem um trânsito muito intenso.

- Eu agradeço senhor. Ficarei muito grato se conseguir me levar até lá a tempo de pegar o meu ônibus.

Então aquele motorista acelera o carro por aquelas estradas, deixando Saleh mais tranquilo, pois, pela velocidade que ele dirigia, mesmo que o seu pai estivesse a correr muito, dificilmente conseguiria o pegar naquele trajeto.

O guarda-costas de Sarwar pega então a estrada e parte, pouco mais de quinze minutos após a saída de Saleh daquela cidade. Ele também dirigia rapidamente, entretanto, agora ele tinha alguém a altura para disputar em velocidade, já que aquele taxista conhecia a estrada como a palma de sua mão e também andava muito rápido por achar que Saleh tinha prazo para chegar na capital.

A viagem tinha uma previsão de demorar uma hora e quinze minutos, mas o taxista andou tão rápido que ele conseguiu chegar a aquela cidade em apenas uma hora. Com uma vontade enorme de interceptar o carro de Saleh, aquela família olhava sempre quando ultrapassava algum táxi pelo caminho se aquele jovem encontrava-se no interior de algum deles. O guarda-costas acelerando aquele carro extremamente veloz conseguiu chegar na capital com ainda menos tempo que o taxista, gastando apenas 50 minutos naquela viagem.

Assim que o táxi chegou em Islamabad ele foi em direção a rodoviária, enquanto o carro que estava a família de Saleh foi para o aeroporto. Ao chegar no destino Saleh agradeceu muito aquele senhor por ter chegado a tempo daquele suposto compromisso e lhe deu uma grande gorjeta pela velocidade em que fez aquela viagem.

Aquele jovem imediatamente foi ao guichê e questionou para quando seria a próxima viagem para a Índia. O senhor que o atendeu, informou que a próxima viagem estava marcada para ocorrer em duas horas e meia, deixando aquele jovem muito apreensivo. Ele não poderia esperar por tanto tempo naquela rodoviária, pois, imaginou que os seus parentes logo chegariam lá em busca dele.

Então ele questiona:

- Tem algum ônibus para a cidade de Gurjranwala?

- Para lá temos senhor. Temos um ônibus que sai às 19 horas.

- Eu quero uma passagem pra lá.

- Tudo bem senhor!

Então Saleh compra a passagem para aquela cidade que ficava bem próximo da fronteira com a Índia. Ele chegou a conclusão que o importante era sair daquela capital o mais rápido possível, pois os seus pais estavam em uma região próxima e poderiam encontrá-lo caso ele demorasse muito a embarcar.

O trânsito rumo ao aeroporto, para aquelas pessoas que não conheciam os atalhos da capital, era realmente muito pesado. Sarwar já estava cansado e com uma fome intensa. Ele não havia almoçado naquele dia. A sua ira por Saleh ter o obrigado a fazer tanto esforço não cabia mais em seu coração. Se pegasse aquele seu filho ele provavelmente iria o castigar de uma forma terrível por tê-lo feito passar tanta raiva.

Por volta das 18 horas e quarenta minutos, finalmente eles chegaram no aeroporto, quando descobriram que o próximo avião que partiria rumo a Europa sairia a meia-noite e meia daquele local e o destino era Londres. Eles tinham uma convicção muito grande de que Saleh estaria naquele avião. Mas, por via das dúvidas pesquisaram se ele havia compro a passagem no guichê da companhia e a resposta foi negativa. Ninguém com aquele nome havia comprado passagem para a Inglaterra.

Então eles pensaram na hipótese de que ele poderia estar na rodoviária. Andric falou com o pai que queria ir a aquele local para ver se o encontrava. E então eles combinaram de que o gurda costas daquela família ficaria naquele ponto de embarque para ver se ele viajaria naquele avião, enquanto eles se dirigiam rumo a rodoviária.

Eles pegam então o carro e partem em direção ao terminal rodoviário. Saleh naquele instante estava apreensivo e já se dirigia ao ponto de embarque. O aeroporto ficava a aproximadamente 20 minutos da rodoviária.

Depois de percorrerem as avenidas daquela cidade por 22 minutos, os parentes de Saleh chegam no terminal e descem daquele carro em direção ao saguão, que a aquela altura estava bem cheio devido ao horário. Eles correram rapidamente em direção ao ponto de embarque e desembarque dos ônibus, para ver se encontravam pistas daquele jovem. Depois de rodarem por aqueles espaços entre os ônibus por algum tempo e verem que dificilmente encontrariam Saleh, os dois decidiram retornar para o aeroporto.

Nesse mesmo instante, Saleh estava sentado em um dos ônibus daquele terminal, na parte mais ao fundo daquele veículo. Ele olhava pela janela, agora um pouco mais tranquilo, por ter conseguido embarcar sem ser visto por aqueles que, provavelmente, o seguiam. Daquele local, ele não viu os seus parentes e depois de aguardar por alguns minutos, com o ônibus um pouco atrasado, ele, finalmente, saiu daquela rodoviária rumo a cidade de Gurjranwala.

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora