A continuidade daquele tratamento

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Ainda na noite daquela segunda-feira, os dois membros mais importantes daquele exército, além de Ahmadi, vão conversar novamente com ele na entrada daquele hospital sobre a situação do regime e de Wilian naquele país, quando Alan o questiona:

- Como está a sua família senhor?

- Eles estão bem graças as ações do magnífico e de Wilian. Se não fosse ele, acho que ninguém nesse país conseguiria salvar o meu filho mais velho e a minha esposa. Afirma aquele comandante.

- Estava tudo pronto para o ataque que ocorreria amanhã assim que ele terminasse o plantão às 06 da manhã. Temos que desarmar todos aqueles explosivos e abortar a missão não é senhor? Questiona o terceiro oficial daquele grupo.

- Sim senhores, eu não posso ordenar um ataque ao homem que está a salvar a minha família. Eu preciso admitir aos senhores que estava errado quanto a Wilian. Ele é um homem muito bom e digno de toda a nossa confiança e reconhecimento. Depois de atacarmos ele e a sua equipe da forma que fizemos, ele não levou isso em consideração e trabalhou de forma incessante para salvar a minha família, no momento em que eles mais precisavam. Afirma Ahmadi.

- O senhor tem razão comandante. Ele é bem mais digno do que eu imaginava depois de realizar tamanha afronta contra o nosso regime. Espero que fique tudo bem com os membros da sua família e eu fico aqui a disposição para lhe atender caso tenha alguma necessidade. Diz Alan.

- Eu agradeço senhores. Eu peço apenas que desarme aquela bomba de forma bastante discreta e que não levantem nenhuma suspeita de que estávamos tentando realizar um ataque.

- Pode deixar comandante. Não se preocupe com isso. Da mesma forma que a armamos de forma discreta, a desativaremos com a maior descrição possível. Afirma Alan.

- E como estão as investigações do ataque?

- Estamos procurando evidências senhor, mas, confesso que está bem difícil. Nenhum dos grupos terroristas assumiu a autoria do ataque, algo que não é comum nesse tipo de ação. Até o momento as investigações não avançaram muito. Afirma Alan.

- Continuem investigando. Eu vou retornar ao hospital para rezar um pouco. Vocês me acompanham?

- Não senhor, estávamos indo para casa. O senhor também precisa descansar um pouco. Desde que aconteceu esse ataque o senhor não saiu desse hospital. Afirma aquele terceiro oficial na linha hierárquica.

- Eu não consigo sair daqui e saber que o meu filho e a minha esposa estão entre a vida e a morte. Eu só vou conseguir sair daqui quando receber a informação de que eles estão bem. Afirma Ahmadi.

- Que isso seja breve senhor! Afirma Alan, quando aqueles oficiais se despedem daquele senhor e vão para as suas casas.

Naquele momento, a situação de todos daquela família estava estável naquela noite. Os filhos mais novos de Ahmadi, chegaram a acordar e se mostravam totalmente lúcidos e sem problemas de ordem neurológica no decorrer daquele dia. Entretanto, reclamavam que estavam sentindo muitas dores, quando Wilian os receitou alguns remédios mais fortes para dor e eles dormiram por boa parte daquele dia.

Wilian ficou monitorando todos os seus pacientes durante o dia, ficando acordado o tempo inteiro. Então, por volta das 11 horas da noite, quando viu que estava tudo estabilizado naquelas salas onde encontravam os seus pacientes e ele estava exausto, o doutor resolveu ir deitar um pouco na sala dos médicos.

Mas, antes de ir para aquela sala a descansar, ele viu Ahmadi, sentado em uma cadeira, no corredor, em frente a sala em que seu filho estava e disse:

- O senhor precisa descansar um pouco Ahmadi. Se continuar assim, sem dormir, isso pode afetar a sua saúde.

- Eu vou ficar aqui a rezar doutor. Eu prefiro assim do que ir para casa. Eu não vou conseguir dormir pensando na situação em que eles se encontram. Reponde aquele comandante.

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora