Casamento forçado e abusivo II

A parada

 Na terça-feira, por volta das 5 horas e trinta minutos da manhã, os enfermeiros começaram a ver uma anormalidade nos batimentos cardíacos do filho mais velho de Ahmadi. Imediatamente eles saíram naquele corredor, quando viram aquele senhor a rezar. Então o enfermeiro correu até o quarto em que Wilian estava a descansar e o chamou até a sala em que aquele menino estava, demonstrando preocupação.

Em pouco mais de 5 minutos, Wilian passa correndo em frente a aquele comandante militar e entra na sala em que seu filho estava, a fechando em seguida. Essa ação deixou Ahmadi extremamente preocupado. Ele começou a rezar ainda mais fervorosamente após aquelas ações da equipe médica.

Assim que Wilian chegou naquela sala, ele percebeu que os batimentos cardíacos daquele menino estavam muito baixos. Provavelmente, ele estava entrando em uma situação de parada cardíaca e eles precisariam iniciar os procedimentos para aumentar a pressão dele ou até mesmo de reanimação, caso aqueles batimentos cessassem completamente.

Enquanto ele pegava os equipamentos para tentar fazer aquele menino reagir, os aparelhos de medição, começaram a indicar a parada completa do coração daquele menino e Wilian com o desfibrilador, iniciou o processo de reanimação com os enfermeiros o acompanhando.

Aquele doutor estava com uma grande dificuldade de trazer aquele menino de volta. Por mais que ele aplicasse choques e tentava fazer massagem cardíaca, o coração dele não correspondia. Wilian, como sempre em suas ações, fazia o possível para salvar todos os seus pacientes e naquele momento, começou a agir de forma ainda mais intensa para que aquele menino pudesse responder aos seus estímulos.

Os enfermeiros já estavam intensamente preocupados, já havia passado dois minutos que aquele menino estava sem respirar e sem batimentos cardíacos. Eles sabiam que quanto mais o tempo passasse, menor seria a chance dele ser reanimado e caso ele conseguisse retornar, a sua saúde provavelmente ficaria muito comprometida, pois, poderia faltar oxigênio em seu cérebro, o que traz como consequência a possibilidade de sequelas irreversíveis.

Wilian ao fazer aqueles procedimentos, já se sentia cansado, o esforço era muito grande na tentativa daquela reanimação. Ao lado de fora aquele comandante escutava os sons daquele procedimento, pedindo ao seu Deus ainda com mais fervor para que o seu filho ficasse bem.

Quando a chance daquele menino retornar estava ficando extremamente pequena, Wilian aumentou ainda mais a força daqueles choques a serem ministrados. Depois de tentar por mais algumas vezes, aquele menino finalmente respondeu aos estímulos e começou a respirar novamente. O aparelho logo indicou que o seu coração estava a bater ainda de forma fraca, quando Wilian pediu para que os enfermeiros pegassem alguns remédios para que aquela situação pudesse ser estabilizada. Aquele doutor muito tenso e extremamente suado, ao ver que aquele menino já estava com a situação controlada, saiu daquela sala e imediatamente se encontrou com Ahmadi, que logo o questionou o que estava acontecendo:

- O seu filho acabou de ter uma parada cardíaca senhor. Felizmente nós conseguimos reanimá-lo, mas, foi muito difícil esse procedimento e não saberemos se ele pode ter sequelas neurológicas pelo fato de ter ficado muito tempo sem respirar.

Aquele senhor começou a chorar intensamente depois daquela fala, quando o questionou:

- Mas, agora ele está bem doutor? Como ele está?

- A situação dele é estável, mas ainda precisa de muitos cuidados. Eu estarei atento a observação dos marcadores dele nas próximas horas e caso seja necessária mais alguma intervenção, eu estarei aqui para agir senhor. Afirma Wilian.

- Muito obrigado doutor. Muito obrigado por tudo que tem feito pelo meu filho e pela minha família! Afirma aquele comandante, muito emocionado.

- Eu estou aqui para isso senhor. O meu maior objetivo aqui é salvar vidas. E ficarei muito feliz se ver toda a sua família sair bem desse hospital. Diz Wilian, quando se despede daquele doutor e caminha em direção a uma outra sala, onde encontrava a esposa daquele comandante para observar também os indicadores dela.