O fim do mês de fevereiro

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O mês de fevereiro estava a finalizar e na Inglaterra Aisha estudava o tempo inteiro para aprender o mais rápido possível o inglês. A sua evolução era muito rápida e estavam todos impressionados, como ela era disciplinada e como ela conseguia aprender rápido. Nesse período Loren estudava a maior parte do dia, o que fazia com que ela ficasse menos naquela casa. Ela ficava mais com Aisha no fim de semana e já conseguiam se comunicar muito melhor a aquela altura.

Em pouco tempo aquela jovem Afegã poderia entrar em uma escola supletiva para poder avançar mais rapidamente nos estudos. Ela poderia iniciar no quarto ano de estudo, dependendo da sua evolução no inglês e em outras disciplinas cursadas naquele ano. Um pouco antes de iniciar os seus estudos, Johnson combinou com Aisha para contratar professores de matérias específicas, para que ela pudesse estudar também matérias diversas, se preparando melhor para as provas de nivelamento, haja vista que já fazia alguns anos que ela não estudava e precisaria rememorar alguns conteúdos. Ela estava muito ansiosa para voltar a estudar.

Johnson tinha em mente que a matrícula de Aisha poderia ser realizada em uma escola que desenvolveria um plano de estudos de acordo com as necessidades dela. Ele havia percebido o quanto Aisha era esperta e disciplinada, compreendendo que a evolução dela poderia ser bem mais rápida do que o normal para outros estudantes de ensino supletivo. Naqueles meses que ela havia passado na Inglaterra, Aisha havia estudado a escrita, a fala, aprendeu extremamente rápido o alfabeto Ocidental e os sons das letras e palavras da língua local.

Naqueles dias finais do mês de fevereiro, os ânimos ficaram mais tranquilos na cidade em que Wilian estava. Poucos ataques ocorreram de ambos os lados, as prisões pararam um pouco e as execuções, mesmo aquelas que estavam ocorrendo sem julgamento, também pararam por aquele período. Aquele líder religioso ordenou que aquelas ações fossem cessadas até que chegasse o momento certo deles utilizarem o elemento surpresa para causar comoção a aquela população e mudar os rumos da oposição a aquele regime, a morte de Wilian.

A aquela altura, o doutor nem imaginava que a sua morte estava sendo preparada por aquele grupo. Tranquilamente ele realizava os seus trabalhos naquele hospital, liberando os doentes que estavam naquele local após estarem em melhor estado de saúde, muitos daqueles que estavam a serem liberados deram entrada naquele espaço por terem sofrido violência policial ou foram vitimas ataques terroristas. No final do mês de fevereiro, depois de muitas pessoas serem cuidadas após aquela onde de ataque, o hospital estava começando a esvaziar, ficando em uma situação ideal para que aquele plano do líder religioso pudesse ser concretizado.

Wilian, naqueles dias, fala com a sua esposa e com seus filhos com mais frequência. Foi autorizado por parte do presidente daquela hospital a entrar em contato com eles mais vezes por semana. Entretanto, ele sempre ocutava a verdade e falava sobre as questões daquele país de forma mais genérica, pois, ele imaginava que aquele telefone e suas conversas poderiam estar grampeadas. Mesmo com uma situação mais tranquila e sem a ameaça expressa daqueles militares nas últimas semanas, Wilian era sempre muito cuidadoso para não dar motivos para que aqueles líderes regionais pudessem se revoltar contra ele.

No último dia do mês de fevereiro de 2002, Tody foi até aquele hospital, durante a noite, para falar com Wilian. Ele queria passar informações sobre o atual contexto para Johnson que havia o pedido para que visitasse aquele doutor e lhe atualizasse sobre as condições dele e o contexto daquela cidade. Então ao encontrar o doutor, eles vão para o consultório e os dois começam a dialogar:

- Como estão as coisas doutor Wilian? Está tudo bem?

- Agora as coisas estão um pouco melhores Tody. Como o senhor pode ver, aquelas revoltas parece que minimizaram. Aquele líder religioso parou de executar os soldados do antigo regime e as coisas se tranquilizaram um pouco. A maioria dos pacientes já melhoraram e receberam alta. Felizmente esse hospital está esvaziando e os trabalhos diminuindo. Naquele período dos atentados estava difícil trabalhar aqui. Muito corrido!

Casamento forçado e abusivo IIOnde histórias criam vida. Descubra agora