Capítulo 10

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Meia hora depois lá estava ela, parada em frente ao apartamento de Maite.

– Pode subir, senhorita. – Disse o porteiro. Anahí agradeceu e tomou o elevador. Quando a porta se abriu no 19º andar, ela ajeitou os cabelos e saiu. Tocou sutilmente a campainha do 191 e esperou. Segundos depois, Maite abriu a porta.

Anahí: Oi, Mai.

Maite: Gio! Eu estava tão preocupada com você! – Disse, puxando a outra para dentro – O que houve?

Anahí: Aconteceram alguns problemas... Desculpe aparecer assim sem avisar...

Maite: Tudo bem, sem problemas. Algo que eu possa te ajudar?

Anahí: Acho que não. – Respondeu com um fraco sorriso – Consegui o seu endereço na academia – Mentiu – Espero que não tenha problema...

Maite: Não, Gio, tudo bem. Mas eu estou preocupada com você. Você sumiu das aulas...

Anahí: Eu te mandei uma mensagem, mas pelo jeito não chegou. – Disse. Mais uma mentira. – Mai, tive uns problemas pessoais. Meu avô foi internado e eu viajei para vê-lo. – Na verdade, os avós de Anahí já não eram vivos. E ela não tinha contato algum com ninguém de sua família. Aliás, ela não se lembrava de ninguém. Era muito pequena quando o incêndio matara seus pais, e a partir daí era apenas ela e Pedro.

Maite: Meu Deus, Gio, e como ele está? Como você está? 

Anahí: Foi um susto. Um susto muito grande. Mas agora acho que está tudo bem.

Maite: Ele já saiu do hospital?

Anahí: Já. Ele está em casa, mas você sabe como é, a minha preocupação é em tempo integral.

Maite: Imagino. Olha, se eu puder fazer qualquer coisa por vocês...

Anahí: Obrigada. – Calou-se para depois de alguns segundos continuar – Tem algo que você pode fazer por mim, Mai. – Maite se sentou, apontando o sofá para que Anahí fizesse o mesmo. Com um aceno prestativo, ela se dispôs a ouvir o pedido de Any – Mai, eu e o seu irmão... – Pigarreou – Nós tínhamos marcado de sair.

Maite: Uau! – Exclamou – Eu sabia! Vi vocês conversando no meu aniversário! – Comentou empolgada – Mas quando fui perguntar algo pra ele, ele desviou o assunto e não me respondeu.

Anahí: Talvez seja porque o encontro não aconteceu. No dia seguinte ao seu aniversário eu fui viajar, e provavelmente ele deve ter me esperado por horas e eu não apareci.

Maite: Caramba. 

Anahí: E eu preciso explicar o que aconteceu a ele, mas como eu não tenho o telefone do seu irmão, fica difícil. Será que você pode me ajudar com isso? 

Maite: Ah, meu Deus. – Levantou animada – Claro que eu posso. Mas não vou te dar o telefone. – Sorriu – Gio, ele mora aqui na frente, no 193. Está em casa agora. Vá lá, fale com ele. 

Anahí: Eu não sei se ele vai querer me receber...

Maite: Deixa de ser boba. Explica o que houve, ele vai entender. 

As duas conversaram mais alguns minutos, combinaram uma ida ao shopping no sábado, e então Anahí se despediu, com a promessa de que iria procurá-lo. Giovanna havia mesmo conquistado a amizade de Maite, não havia qualquer dúvida disso. A morena se preocupava com ela, talvez porque pudesse ver que lá no fundo daqueles olhos azuis havia certo vazio. Um vazio que não era atuação e que Anahí sequer sabia que existia.

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