Depois de voltar para Manhattan, Poncho passou em casa e tomou um longo banho. Então foi procurar a irmã para contar tudo o que havia acontecido. Confiava nela incondicionalmente e sabia que juntos achariam uma solução.
Maite: E se levássemos ela para a casa de campo dos nossos pais? Dificilmente alguém a encontraria lá. – Sugeriu, depois de horas de conversa.
Megan: De jeito nenhum! – Rebateu antes que Poncho pudesse falar qualquer coisa. Maite estreitou os olhos, respirando fundo. Por que é que Megan estava ali mesmo? – Vocês não podem se envolver tanto assim. É muito arriscado.
Maite: Já estamos envolvidos, Megan.
Megan: Nunca é tarde para voltar atrás.
Maite: Ninguém está querendo voltar atrás aqui. – Retrucou – Não é, Poncho? – Questionou, e viu Megan arquear a sobrancelha. Durante todo o trajeto de Framingham a Manhattan, Meg trabalhara arduamente para convencê-lo de que deveriam se afastar de Anahí, restava saber se tivera sucesso.
Alfonso: Sim. Não vou voltar atrás agora.
Resignada, Megan suspirou.
Alfonso: Mas não podemos levá-la para lá. – Respondeu, encarando a irmã – Se suspeitam que eu possa ter envolvimento com o desaparecimento dela, não demoraria muito para que a encontrassem.
Maite: Tem razão. E se locássemos alguma casinha em alguma cidade longe daqui... Eu acho que... – O barulho do telefone a interrompeu – Só um minuto, eu já volto.
Megan: Posso perguntar pela milésima vez qual o objetivo disso tudo? Proteger uma fugitiva que não tem nada a ver com a gente... Não faz sentido pra mim.
Alfonso: Meg, eu já disse que não precisa continuar comigo nessa se não quiser.
Megan: Poncho, não é isso, eu só queria...
Alfonso: Então pare de querer. – Soltou impaciente.
Meg abriu a boca diversas vezes, mas nenhuma palavra saíra. Enquanto isso, Poncho mantinha os olhos fixos na janela, pensando em alguma solução para aquela situação. Mal sabia ele que mais nada estava em suas mãos. Qualquer intervenção sua já não seria necessária.
Maite: Poncho? – Chamou-o, recolocando o telefone na base – Um cara chamado Paul disse que precisa encontrar com você. Me passou um endereço e um horário.
Alfonso: Paul? – Alfonso levantou, alerta. Lembrava-se bem daquele nome. E da conversa que outrora tivera com ele.
Maite: Quem é Paul? – Poncho meneou a cabeça discretamente. Com a insistência de Megan em deixar Anahí, já não sabia se podia confiar nela. Maite entendeu, por isso, calada, caminhou até ele e lhe entregou um papel dobrado. Alfonso agradeceu com um gesto e o guardou no bolso da calça.
Megan: O que está acontecendo aqui? – Perguntou, talvez percebendo a estranheza da situação – Quem é Paul?
Alfonso: Um amigo antigo.
Megan: E por que ele ligou para o apartamento da Maite e não para você? – Alfonso deu de ombros, então levantou.
Alfonso: Estou saindo, não sei que horas volto. Qualquer coisa, estou no celular.
Megan: E não vamos decidir o que faremos?
Alfonso: Vamos, assim que eu voltar.
Maite: Vamos esperar por você. – Acompanhou-o até a porta – Sei que ele tem a ver com a Any. – Murmurou ao pé da porta – Me mantenha informada.
Alfonso: Pode deixar. – Assentiu, e depois de dar um beijo na testa da irmã, tomou o elevador.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...