Eles perderam minutos naquela sala, os lábios colados em beijos intensos e demorados. O resultado é que o macarrão só foi ficar pronto depois da uma da manhã.
Anahí: Foi muito bom passar esse tempo com você, Herrera. – Ela disse, dando o último gole na taça de vinho – Mas como você já me informou que deve trabalhar amanhã cedo, acho que devo ir embora.
Alfonso: Sabe, eu não gosto dessa sua mania de sempre achar que deve ir embora. – Ele a puxou pelo pulso, trazendo-a para o seu colo. – Fica. – Pediu, encarando-a. E mesmo que Anahí estivesse mesmo pensando em ir embora, coisa que não estava, ela teria desistido.
Anahí: Você, com todo esse seu jeito, dificulta um pouco as coisas. – Ela suspirou.
Alfonso: Que jeito? – Os dedos dele deslizaram pela lateral do rosto dela.
Anahí: Você é irritantemente perfeito demais pra mim. E isso é um problema. – Ela riu, tentando fazer parecer brincadeira aquilo que ela, pouco a pouco, começava a encarar como verdade.
Alfonso: Eu tenho incontáveis defeitos, Giovanna. – Contestou sincero.
Anahí: Garanto que eu tenho mais. – Ele deu de ombros, sorrindo.
Alfonso: E eu garanto que não consigo ver nenhum deles agora. Não com o seu corpo assim... – As mãos dele desceram pelas costas dela, acariciando-a – Tão colado ao meu.
Depois disso não havia mais o que ser dito. Anahí inclinou o rosto, alcançando os lábios dele, e o beijo se estendeu até que lhes faltasse o ar.
Alfonso: Vem, acho que você precisa conhecer o resto da casa. – Ele levantou, pegando-a no colo. Com um gritinho surpreso, Anahí caiu na risada. Uma risada tão verdadeira... Quem diria que ela ainda era capaz de rir assim.
Anahí: Acho que eu já conheço o lugar para onde você está me levando, detetive.
Alfonso: E para onde eu estou te levando, escritora? – Ela estreitou os olhos e, antes que respondesse, Alfonso roubou-lhe um beijo.
Quando os olhos dela se abriram ela já estava no quarto dele, sendo colocada, cuidadosamente, na cama.
Anahí: Parece mais aconchegante quando você está comigo. – Segurou-lhe a nuca, puxando-o para si.
Alfonso: A recíproca é verdadeira. – Ele sussurrou, já com os lábios no pescoço dela.
Anahí fechou os olhos, recebendo os beijos de Alfonso. Ele, aos poucos, deixou o peso do seu corpo cair sobre ela, e as mãos de Anahí, delicadas, subiram pelas costas dele, traçando cada músculo, até alcançarem seus cabelos. Os dedos dela emaranharam-se nos cachos negros, afagando-os. Foi quando Alfonso a olhou.
Intenso.
Sugestão de música para a cena: Boyce Avenue - Every Breath
(https://www.youtube.com/watch?v=QLPVtIscbco&feature=related)
Ele iria dizer alguma coisa, mas as palavras pereceram escapar. Foi por isso que a beijou. Quem sabe um beijo pudesse expressar melhor aquele sentimento que nem ele entendia. Fazia tão pouco tempo que a conhecia e parecia uma eternidade. Era estranha a maneira como tudo com ela parecia certo. Como se ele não precisasse mais procurar, como se, finalmente, o passado tivesse ficado para trás. Ela era a peça que faltava, e ele, ainda que não entendesse, uma hora ou outra acabaria se dando conta.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...