Capítulo 65

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Anahí estava dormindo quando a porta da sua cela se abriu. Já não havia quase ninguém na delegacia. Ela sentiu quando alguém amarrou seus braços, depois as suas pernas, mas seus olhos se negavam a abrir. Com brutalidade, ela foi colocada numa cadeira, onde sentiu uma corda rodear a sua cintura.

Christopher: Acorde! – Ordenou depois de dar um leve tapa no rosto dela. Os olhos dela aos poucos se abriram, mas demoraram a focar o homem à sua frente. – Trouxe comida para você. Anda! Come! – Disse impaciente, colocando um pedaço de pão na boca dela. Apesar de toda a humilhação, Anahí estava fraca demais para recusar.

Ele a alimentou, mas aquilo não tinha a ver com piedade. Uckermann queria apenas garantir que Anahí não estivesse fraca demais para suportar o que viria depois. E Anahí sabia bem o que era.

Anahí: Então é assim que arrancam confissões dos seus presos? Tortura não é contra a lei? – Perguntou, debochada. Infelizmente, ela não tinha medo do que pudessem fazer com ela.

Christopher: Você não faz ideia da quantidade de coisas ilegais que acontecem dentro das prisões desse país.

Anahí: Ah, eu faço. E então? O que vai ser? Choque? Queimaduras? Socos? Cortes?

Christopher: Uma mescla disso, quem sabe. – Sugeriu maldoso – Mas podemos poupar tempo e energia se você me disser de uma vez o que eu quero. – Ele segurou o rosto dela – Foi Pedro quem mandou você pegar as provas no apartamento do Poncho, não foi? Ele está por trás daquela tentativa de assassinato, não está?

Anahí: Você vai precisar fazer melhor que isso pra arrancar alguma coisa de mim, Uckermann. – Cuspiu as palavras, olhando-o com desprezo. E então, depois de uma alta risada e um leve arquear de sobrancelhas, Christopher cerrou os punhos e atingiu em cheio o estômago de Anahí. E aquele foi apenas o primeiro dos muitos golpes que viriam.

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