Capítulo 63

1.3K 105 1
                                    

Paul: Temos que tirá-la de lá! – Repetia pela milésima vez.

Pedro: Anahí foi porque quis. Ela podia muito bem estar aqui conosco agora.

Paul: Ela se entregou para salvar a sua pele, Pedro! Temos que ajudá-la.

Pedro: Ela precisa aprender sozinha. 

Paul: O que quer dizer com isso?

Pedro: Anahí está perdida, não é mais a mesma. Quem sabe esse tempo trancada acabe com essa paixão idiota dela pelo Herrera.

Paul: Está tentando castigá-la?

Pedro: Não. Apenas estou deixando que ela aprenda e arque com suas próprias escolhas. – Paul balançou a cabeça, incrédulo.

Paul: Mande um advogado ao menos! – Contestou.

Pedro: Ela tem direito a um telefonema, não? Se ela pedir que eu mande, eu mandarei. Enquanto isso, tudo fica como está.

Paul ia argumentar. Aquilo era ridículo. Pedro não podia estar assim tão tranquilo em relação à prisão de Anahí. No entanto, sabia que discutir com o outro não resultaria em nada. Era Pedro quem dava as ordens, e ele dificilmente mudava de ideia. O que não impedia que Paul a visitasse e agisse por conta própria.

Ian: Anahí? – Chamou-a. Any estava deitada na cama pequena e desconfortável no canto da cela – Tem visita pra você.

Anahí: Quem?

Ian: Seu nome é Paul Wesley. – Ian abriu a cela – Me acompanhe, por favor. 

Anahí foi com ele até a mesma sala onde foi interrogada por Christopher. Depois que Ian saiu, ficaram na sala Anahí, Paul e um policial parado à porta.

Paul: O que você pensa que está fazendo? Está louca? – Perguntou, abraçando Anahí.

Anahí: Só estou pagando pelo que eu fiz.

Paul: Any... – A repreendeu, segurando suas mãos – Você não precisa estar aqui.

Anahí: Sim, eu preciso. E não estou me queixando, Paul. Está tudo bem.

Paul: Não! Não está tudo bem. Qual é? O que deu em você? – Ela não respondeu. Sustentando o olhar do amigo. – Any, o que você está tentando fazer? – Mais uma vez silêncio. Paul suspirou, levando uma das mãos ao rosto dela. – Está tentando se castigar, é isso? – Ela pensou naquelas palavras, talvez estivesse. – Anahí, você não tem culpa de ter se apaixonado, muito menos tem culpa pelo sofrimento do Herrera. – Ela riu.

Anahí: Não tenho? Ora, Paul, é claro que eu tenho. Me deixe consertar da maneira que eu sei.

Paul: E qual é essa maneira? Ferrando a sua vida?

Anahí: Não. Salvando a dele. – Paul silenciou. Se existia alguém mais teimoso que Pedro, era Anahí.

Paul: Como queira, Any. Eu sei que não vou conseguir fazer você mudar de ideia. Mas vou arrumar um advogado para você. Conseguimos um habeas corpus e você fica livre.

Anahí: Não, Paul. Nenhum juiz vai dar um habeas corpus para uma pessoa que tentou interferir nas investigações, e pior, para uma assassina confessa.

Paul: O que? – Ele arregalou os olhos. – Mas que merda é essa? Do que você está falando? – Nesse momento, Ian apareceu na porta.

Ian: Lamento, o tempo acabou.

Paul: Any... – Murmurou pesaroso.

Anahí: Eu vou ficar bem. – Disse, para depois dar um último abraço em Paul.

Let Me GoOnde histórias criam vida. Descubra agora