Capítulo 100

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Mais de meia hora depois e Alfonso não havia dormido. A mão de Anahí continuava sobre seu braço e a respiração pesada indicava que ela dormia. Ele, no entanto, continuava com os olhos abertos, fixos no teto escuro. Estar ali com ela o incomodava. Não só porque não queria deixar que aquela mulher voltasse para a sua vida, mas também porque seu corpo ainda reagia estrondosamente quando estavam tão próximos. Suspirou. Sentiu-a deslizar os dedos sobre a sua pele, num vai e vem torturante.

Cogitou perguntar se estava acordada, desistiu. Virou-se de lado, ficando de frente para ela. Pode distinguir que estava de olhos fechados, a mão fora recolhida para junto da própria barriga, juntando-se à outra, ainda com o gesso. E então foi a vez dele de tocá-la. Instintivamente, levou a ponta dos dedos até o ombro dela, deslizando-os pela pele macia de seu braço e voltando a subir até alcançar-lhe o pescoço. Foi aí que ela acordou, abrindo os olhos aos poucos.

Alfonso ameaçou dizer algo, mas Anahí interveio, pousando o indicador sobre seus lábios. 

Ele sabia que deveria sair dali, que precisava se afastar e relembrar, pela enésima vez, tudo o que Anahí havia feito e o quanto o havia ferido. Mas embora sua mente exigisse a distância, seu corpo gritava pela presença, pelo contato. E o dela também, visto que seus dedos delineavam-lhe os lábios e sua respiração, segundo a segundo, tornava-se mais carregada. 

Any até tentaria se aproximar se sua costela não estivesse queb... Ora, dane-se a costela! Impulsionou o corpo para frente, seus rostos ficaram a poucos centímetros, e seus corpos estariam colados se não fosse pelo braço esquerdo de Anahí, cujo pulso engessado descansava na altura da barriga.

Anahí: Sinto a sua falta. – Sussurrou. 

Alfonso meneou a cabeça, um tanto atordoado, sentindo o toque dos delicados dedos em sua pele. 

Alfonso: Ah, Anahí... – Começou, o rosto se movendo em negação. Ela pensou que ele fosse afastá-la, e foi surpreendida quando, ao contrário disso, ele quebrou a distância que havia entre suas bocas e roçou seus lábios nos dela. 

Com um suspiro ela fechou os olhos, um forte arrepio percorria a sua pele na medida em que a mão dele escorregava por seu braço. Ele mordiscou-lhe o lábio inferior, e seus dedos continuavam indo e vindo, das costas da mão até o ombro dela. Cada pedaço do corpo de Anahí respondia àquele toque. Com ele não era diferente. Alfonso sentia seu coração terrivelmente acelerado e cada músculo seu enrijecia. 

Sugou a fileira carnuda entre seus dentes e sentiu a perna dela enlaçando a sua. Afundando os dedos nos cabelos negros dele, Anahí lambeu-lhe o lábio, para depois invadir lentamente a sua boca. Sua língua encontrou a dele, quente, macia. Seu pé subiu pela panturrilha de Herrera, por debaixo da calça, e ele impulsionou a coxa contra ela, roçando-a entre suas pernas. 

Lentamente, ele moveu os lábios e sua língua massageou a dela, saboreando-a. Anahí soltou um novo suspiro, enrolando os dedos nos cabelos dele e permitindo que toda aquela comoção que ele lhe causava explodisse. 

O beijo lento e terno, mas ao mesmo tempo tão quente, era de uma perfeição que parecia ter sido ensaiado durante anos. 

Anahí sentia uma das mãos dele em seus cabelos, e a outra descia por suas costas, até alcançar a bainha da larga camiseta que ela usava. Quando o toque quente dele entrou em contato com a sua pele, ela não pôde evitar arquear o corpo. Suas unhas cravaram-se na nuca dele conforme a mão de Alfonso subia pela lateral do seu corpo, subindo a camiseta consigo.

Seu coração perdeu um compasso, o beijo aumentou o ritmo. Ela tentou tirar o pulso engessado do meio dos dois. Droga, queria segurar Alfonso com toda a sua força, o queria sobre ela, dentro dela

Alfonso: Hey, hey, hey. – Sussurrou, interrompendo o beijo aos poucos, mas mantendo os lábios colados aos dela. – Melhor não, Anahí.

Anahí: Poncho, – Murmurou, tentando controlar a respiração – sei que quer tanto quanto eu. Eu-estou-queimando. – Disse pausadamente.

Alfonso: Não faz assim. Não faz isso. Não... – E a voz dele falhou ao senti-la deslocar a mão para dentro de sua calça. 

Tocou-lhe o membro. Rígido, pronto para ela. Ele gemeu, ela o beijou. 

Alfonso apanhou o quadril dela, procurando não perder o controle. Caramba, ele não podia. Sabia que iria machucá-la. Mas como raciocinar com aquela mão bem ali onde estava. 

Alfonso: Então vai ser do meu jeito. – Disse, afastando os lábios dela e dando-lhe uma leve mordida no queixo. 

Alfonso se sentou, ficando de joelhos na cama. Anahí o olhava, confusa, querendo puxá-lo para si

Ele tocou-lhe o ombro para depois depositar um leve beijo ali. Com muito cuidado a virou na cama, a barriga para cima. Suas mãos contornaram o corpo dela, descendo da base dos seios até as coxas. Torneou as pernas de Anahí e deslizou a calcinha dela até os tornozelos, tirando-a e jogando-a num canto da cama.

Ela levantou os joelhos, separando as pernas, entendendo claramente a intenção dele. Alfonso sorriu e antes de tomar o seu lugar entre as pernas dela, deu-lhe um rápido beijo. Depois sua boca desceu para o pescoço, o colo, mordiscou o mamilo rijo sobre a camiseta. Ela suspirou, afundando a cabeça no travesseiro e fechando os olhos. Voltou a abri-los quando o sentiu beijar-lhe a parte interna da coxa. O suspiro dessa vez foi um gemido.

Enquanto os dentes dele brincavam com a pele dela, seus dedos sondavam a intimidade úmida. Ela mordeu os próprios lábios quando sentiu os movimentos circulares dos dedos de Alfonso em seu clitóris. Dedos que lentamente escorregaram para dentro dela. Anahí sentiu o corpo inteiro convulsionar, uma onda de calor a arrebatou e antes que tivesse tempo de se recuperar sentiu a língua dele percorrendo o mesmo caminho dos seus dedos, preenchendo-a. 

As mãos de Alfonso agarraram as coxas dela enquanto a explorava, sentindo prazer ao satisfazê-la. Com movimentos precisos e intensos, a língua de Alfonso se movia dentro dela, e ele sentia que Anahí estava a ponto de atingir o orgasmo. Ele diminuiu o ritmo dos movimentos, para segundos depois aumentá-lo. Dando-lhe o máximo que podia e exigindo o máximo dela.

Ouviu-se um profundo suspiro e o nome dele sendo chamado melodicamente. O corpo de Anahí estremeceu e ela já não tinha controle de seus movimentos. Gemeu. Suas mãos tremeram e seu coração acelerou violentamente. 

Alfonso levantou o rosto, sorrindo, a respiração acelerada, e engatinhou pela cama, deitando ao lado dela. 

Alfonso: Vem cá. – Murmurou, trazendo-a para si. – Está confortável? – Perguntou, passando um braço por trás do pescoço dela.

Anahí: Estou no céu. – Suspirou – E prometo te compensar por hoje. – Ele riu, a risada rouca e extremamente sexy. – Mas ainda melhor do que isso é poder dormir aqui nos seus braços. – Herrera virou o rosto, beijando-lhe a fronte. 

Foi depois de longos minutos de silêncio,sentindo os afagos de Alfonso em seus cabelos, que Anahí adormeceu. 

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