Anahí tentou respirar fundo, ignorar o que Maite dissera, esconder a sua leve desestrutura ao ouvir àquilo. Alfonso não estava apaixonado, claro que não, pensou. Ele amava Dulce. Droga, ele tinha que amar Dulce.
Maite: E você também está. – A morena completou, sorrindo, decifrando o olhar perdido de Anahí. – Gio, eu sei que você deve estar magoada pela maneira que ele tem agido com você, mas entenda que ele passou muito tempo esperando que...
Anahí: Não, Mai. – Cortou – As coisas não são assim. Ele não pode estar apaixonado, isso é loucura.
Maite: Por quê?
Anahí: Escuta, eu tenho que ir. – Anahí fechou o porta malas. – Foi bom reencontrar você, mas eu preciso mesmo ir embora.
Maite: Tá, eu acho que vocês dois têm sérios problemas emocionais. – Anahí a olhou, atônita. Ela não tinha problema emocional algum. Quer dizer, ela nunca amara alguém, tampouco se apaixonara. E não seria agora, justamente por Alfonso, que ela se permitiria sentir aquilo. Tolice. Ela, bem lá no fundo, sabia que já sentia e que não podia fazer nada a respeito, mas longe dele Anahí ainda conseguia manter as barreiras erguidas e o coração seco.
Anahí: Maite, eu não tenho problema emocional, okay? Eu só não quero me envolver com alguém agora.
Maite: Você podia ao menos falar com ele? – Anahí negou – Ele não vai desistir até conseguir falar com você.
Anahí: Ele não vai me achar para falar comigo.
Maite: Gio, ele é um investigador. E ele vai investigar e vai te achar. Acredite. – Epa. Anahí não podia ser investigada. Se Alfonso fizesse isso, ele saberia que Giovanna não existe e, se viesse a se esforçar um pouco mais, acabaria descobrindo o seu verdadeiro nome. Uma vez sabendo quem era ela, ele procuraria saber de onde veio, e uma hora ou outra a ligaria a Pedro. Pense, Anahí. Você precisa fazê-lo esquecer. Fazê-lo se afastar.
Anahí: Okay. – Ela puxou um papel e uma caneta da bolsa – Meu endereço. – Disse, entregando o papel a Maite – Diga a Alfonso para aparecer lá e então conversamos. Agora eu preciso mesmo ir. – Continuou antes que Maite dissesse algo. – Se cuida. – Anahí sorriu e, sem mais, entrou no carro.
Aquela seria uma longa noite.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...