Capítulo 40

1.6K 109 1
                                    

Maite. Se Anahí quisesse saber algo de Alfonso teria de ser por ela. Herrera jamais deixaria que ela se aproximasse depois de tudo o que dissera, e ela precisava estar perto, não apenas para que Pedro pensasse que estava obedecendo às suas ordens, mas para proteger o homem que amava. Sim, o amava. E já não havia como ou porque negar àquele sentimento para si mesma. O amava desesperadamente. O amava tanto que faria qualquer coisa para mantê-lo seguro.
Talvez fora o medo da perda que abrira seus olhos, e mostrara que era inútil tentar se enganar. Até porque lutar contra o que sentia desperdiçaria o seu tempo, e tempo era tudo o que ela não tinha. Uma semana era um período muito curto, e ela não podia perder sequer um minuto. Sendo assim, no final daquela tarde foi até o apartamento de Maite.

Maite: Giovanna! – Exclamou surpresa, vendo-a parada em frente à porta do seu apartamento.

Anahí: Posso entrar?

Maite: Claro. Eu precisava mesmo falar com você.

Anahí: Acredito que seja sobre Alfonso, não?

Maite: É. É sobre ele. O que foi que aconteceu? – Perguntou enquanto sentava no sofá e via Any fazer o mesmo – O que foi que você fez?

Anahí: O que ele te disse?

Maite: É essa a questão, ele não me disse nada. Domingo ele saiu atrás de você, Dulce foi embora, e quando eu achei que tudo fosse ficar bem, ele aparece aqui em casa, transtornado, dizendo que ia passar uma semana viajando.

Anahí: O que? – Seus olhos saltaram.

Maite: Hoje ele apareceu aqui antes do almoço, parecia outra pessoa. Estava tão... Amargurado... – Balançou a cabeça, os olhos confusos em cima de Anahí – Quando me disse que ia viajar, perguntei se era com você e a única coisa que ele me disse foi: "Nunca mais fale dessa..." – Maite parou, lembrando da feição enojada do irmão.

Anahí: Dessa? – Perguntou.

Maite: Vadia. Dessa vadia. – Concluiu. Anahí abaixou os olhos.

Anahí: Maite, eu pisei na bola e eu preciso consertar isso.

Maite: Me desculpe, Giovanna, mas eu não posso fazer nada por você. Deus sabe o quanto foi difícil que Poncho se abrisse outra vez e então, quando ele finalmente consegue, você estraga tudo.

Anahí: Eu fui uma idiota, eu sei. Fiquei com medo de que ele voltasse atrás e meti os pés pelas mãos. – Procurou justificar. – Eu preciso arrumar isso, Maite. – Maite meneou a cabeça em negação. Estava chateada com Giovanna e com toda aquela situação. – Me diga para onde ele foi, por favor.

Maite: Eu acho que não é uma boa ideia. Ele não vai querer ver você.

Anahí: Maite, eu preciso vê-lo.

Maite: O que, exatamente, você fez para deixar ele assim? – Ignorou o pedido de Anahí.

Anahí: Menti. – Maite arqueou a sobrancelha, esperando – Menti dizendo que ele não me importava quando na verdade ele é a pessoa que mais me importa na vida.

Maite: Se ele importa tanto assim pra você, porque mentiu? – Questionou. O que Giovanna queria afinal?

Anahí: Porque tive medo de me machucar. Porque pensei que ele ainda amasse a Dulce. Porque achei que fosse o melhor a fazer.

Maite: O melhor a fazer foi magoar a pessoa que você gosta? – Perguntou aturdida – Não consigo entender isso.

Anahí: Maite, eu não peço que entenda, mas acredite em mim. Eu amo o seu irmão. – Disse, sincera – E eu preciso ir atrás dele.

Maite: Tá. – Concordou, embora ainda hesitasse – Mas, Giovanna, não faça ele sofrer. Eu sei que ele já é bem grandinho e sabe se cuidar, mas, por favor, não o magoe. – Anahí assentiu, sorrindo num misto de alívio e gratidão. – Ele foi para Hialeah, mas não duvido que fique um ou dois dias lá e parta para Vegas.

Anahí: Vegas?

Maite: É o refúgio dele. Quando Alfonso quer esquecer algo, ou alguém, ele precisa de agitação. E onde é que tem mais agitação do que em Vegas?

Depois disso, foi o tempo de Anahí arrumar as malas, comprar uma passagem, e ela estava dentro de um avião para a Flórida.


Let Me GoOnde histórias criam vida. Descubra agora