Capítulo 93

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Alfonso a procurou em todos os cômodos, nada.

Alfonso: Vocês a viram sair da casa?

Andrew: Assim que você e Megan se levantaram para lavar a louça, ela saiu da mesa, mas eu não vi para onde foi. 

Alfonso: Porcaria! Eu vou procurar lá fora. Andrew, vá com a Megan e procure nas redondezas, eu vou ver no bosque, a vi perto das árvores hoje mais cedo, não sei se estava pretendendo algo. 

Megan: Ponc...

Alfonso: Meg, nós não podemos deixar que ela fuja. – Interrompeu. Megan suspirou. Por ela, que Anahí desaparecesse e não voltasse mais. 

15 minutos depois e não havia qualquer sinal de Anahí. Ela simplesmente havia desaparecido. Alfonso não sabia descrever a agonia que sentia. Era uma preocupação exacerbada e o medo inconsciente e constante de perdê-la. 

Meia hora depois e nada. Mas por uma grande sorte, Alfonso tomara a direção certa. Anahí não tinha um plano de fuga, a única ideia dela era sumir. Não sabia para onde iria ou o que faria, só sabia que ali não era onde ela deveria estar. Naquela noite ela já havia visto o suficiente para perceber, erroneamente, que Alfonso conseguiria reconstruir a sua vida assim que ela partisse. Então porque adiar essa partida? Ela queria virar a página, apagar o passado e deixar que seus caminhos tomassem seus devidos rumos, separados

Anahí: Droga. – Bufou, cansada, esfregando as mãos no rosto molhado. Sim, ela estava chorando. 

Uma pontada nas costas a fez parar, encostando numa das árvores. Ela puxou uma golfada de ar, sentido seus ossos doloridos. Não havia andado muito, mas o suficiente para alguém que estava se recuperando de tantas lesões.

Anahí: Vamos, não comece a doer agora. – Ordenou com a voz fraca. Ela precisava seguir andando. Entrara no bosque porque seria mais difícil de alguém vê-la ali do que na rua, quando chegasse à cidade poderia tentar ligar para Paul. Essa era a única opção. Não adiantaria lutar contra o destino, ela acabaria voltando para a vida que levava, não havia como fugir, talvez aquele fosse o seu carma. 

Mas embora sua mente estivesse muitíssimo disposta a continuar, seu corpo não aguentou. Ela precisou parar outra vez, uma nova pontada, ainda mais forte do que a anterior, tornava difícil a sua respiração. Exausta, ela sentou sobre as folhas secas, recostando a cabeça no tronco de um carvalho. Foi quando ouviu a voz dele, longe, chamando-a.

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