Maite: Mas isso te preocupa? Você acha que eles descobriram alguma coisa?
Alfonso: Não, Mai. – Sentado no sofá, na sala do apartamento de Maite, Alfonso lhe contava a recente conversa que tivera com o Michael. – Se eu precisar, aquele seu amigo vai confirmar a nossa história, não?
Maite: Claro. Vai dizer que foi você quem recebeu e pagou a pizza que ele entregou aqui naquela sexta à tarde. – Alfonso assentiu.
Alfonso: Então, sem problemas. Tenho um álibi e motivos concretos o suficiente para não gostar de Anahí e, obviamente, não querer ajudá-la.
Maite: Eles vão querer me interrogar também?
Alfonso: Talvez.
Maite: Uhum. Bom, tudo bem. – Deu de ombros – Sempre tive uma veia artística. – Riu.
Alfonso: Ai, baixinha, só você mesmo. – Ele acompanhou o riso da irmã.
Maite: Que horas nós vamos para Framingham?
Alfonso: Bom, eu terei de ir à delegacia pela manhã, então vamos pegar a estrada só depois do almoço.
Maite: Lá pelas duas?
Alfonso: Uhum, lá pelas duas. Você pode ligar para a Megan e ver se ela está precisando de alguma coisa? Eu não terei tempo de ver isso amanhã de manhã.
Maite: Tudo bem, eu falo com ela.
Alfonso: Bom, eu vou pra casa agora. Às duas eu te espero no estacionamento. Temos que ir até um lugar antes para trocarmos de carro e então vamos para Framingham.
Maite: Tá legal. Acho que vou comprar umas coisinhas pra Anahí. – Poncho entortou os lábios.
Alfonso: Coisinhas?
Maite: Coisinhas de mulher. – Abriu um sorriso travesso. Ele riu, bagunçando os próprios cabelos.
Alfonso: Boa noite, baixinha. – Disse, se levantando e rumando para a porta – Vê se não vai estourar o seu cartão de créditos. Não podemos dar bandeira, certo?
Maite: Sim, senhor. – Bateu continência, se despedindo do irmão.
Na manhã seguinte, enquanto Poncho estava na delegacia, Maite ligara para Megan e providenciou as poucas coisas que ela pedira. Quando o relógio anunciou duas horas, ela desceu até o estacionamento, a espera do irmão. Encostou no carro e esperou. Esperou... Esperou... E esperou.
Maite: Droga, Poncho. Odeio atrasos. – Resmungou para si mesma ao verificar o relógio. 2h45. Maite tirou o celular da bolsa e ligou para o irmão. Nada. – Mas que saco. – O polegar, frenético, estava prestes a rediscar quando um bip anunciou uma mensagem de texto.
"Vá sem mim. Pegue o seu carro, saia pelo portão dos fundos. Dirija até a velha oficina do Tom, deixe o carro lá e pegue a mercedes. A chave está dentro de uma caixa vermelha, na estante. Quando voltar, eu te explico o que aconteceu. Diga a elas que está tudo bem."
Maite coçou a nuca, o cenho levemente franzido.Será que Alfonso havia ficado preso na delegacia? Droga. Ela precisava saber oque estava acontecendo. Ligou para ele outra vez.
Alfonso: Mai,não posso falar agora. – Disse, e sua voz era dura – Faça o que eu disse, okay?
Maite: Onde você está? O que aconteceu?
Alfonso: Mai...– Bufou.
Maite: Tudo bem. Só me diga se está bem.
Alfonso: Estou.
Maite: Nos vemos domingo?
Alfonso: Sim.– E desligou.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...