Capítulo 106

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Maite: Mas isso te preocupa? Você acha que eles descobriram alguma coisa?

Alfonso: Não, Mai. – Sentado no sofá, na sala do apartamento de Maite, Alfonso lhe contava a recente conversa que tivera com o Michael. – Se eu precisar, aquele seu amigo vai confirmar a nossa história, não?

Maite: Claro. Vai dizer que foi você quem recebeu e pagou a pizza que ele entregou aqui naquela sexta à tarde. – Alfonso assentiu.

Alfonso: Então, sem problemas. Tenho um álibi e motivos concretos o suficiente para não gostar de Anahí e, obviamente, não querer ajudá-la.

Maite: Eles vão querer me interrogar também?

Alfonso: Talvez. 

Maite: Uhum. Bom, tudo bem. – Deu de ombros – Sempre tive uma veia artística. – Riu.

Alfonso: Ai, baixinha, só você mesmo. – Ele acompanhou o riso da irmã.

Maite: Que horas nós vamos para Framingham? 

Alfonso: Bom, eu terei de ir à delegacia pela manhã, então vamos pegar a estrada só depois do almoço. 

Maite: Lá pelas duas?

Alfonso: Uhum, lá pelas duas. Você pode ligar para a Megan e ver se ela está precisando de alguma coisa? Eu não terei tempo de ver isso amanhã de manhã.

Maite: Tudo bem, eu falo com ela. 

Alfonso: Bom, eu vou pra casa agora. Às duas eu te espero no estacionamento. Temos que ir até um lugar antes para trocarmos de carro e então vamos para Framingham. 

Maite: Tá legal. Acho que vou comprar umas coisinhas pra Anahí. – Poncho entortou os lábios.

Alfonso: Coisinhas?

Maite: Coisinhas de mulher. – Abriu um sorriso travesso. Ele riu, bagunçando os próprios cabelos.

Alfonso: Boa noite, baixinha. – Disse, se levantando e rumando para a porta – Vê se não vai estourar o seu cartão de créditos. Não podemos dar bandeira, certo?

Maite: Sim, senhor. – Bateu continência, se despedindo do irmão. 

Na manhã seguinte, enquanto Poncho estava na delegacia, Maite ligara para Megan e providenciou as poucas coisas que ela pedira. Quando o relógio anunciou duas horas, ela desceu até o estacionamento, a espera do irmão. Encostou no carro e esperou. Esperou... Esperou... E esperou.

Maite: Droga, Poncho. Odeio atrasos. – Resmungou para si mesma ao verificar o relógio. 2h45. Maite tirou o celular da bolsa e ligou para o irmão. Nada. – Mas que saco. – O polegar, frenético, estava prestes a rediscar quando um bip anunciou uma mensagem de texto.

"Vá sem mim. Pegue o seu carro, saia pelo portão dos fundos. Dirija até a velha oficina do Tom, deixe o carro lá e pegue a mercedes. A chave está dentro de uma caixa vermelha, na estante. Quando voltar, eu te explico o que aconteceu. Diga a elas que está tudo bem."

Maite coçou a nuca, o cenho levemente franzido.Será que Alfonso havia ficado preso na delegacia? Droga. Ela precisava saber oque estava acontecendo. Ligou para ele outra vez.

Alfonso: Mai,não posso falar agora. – Disse, e sua voz era dura – Faça o que eu disse, okay?

Maite: Onde você está? O que aconteceu?

Alfonso: Mai...– Bufou.

Maite: Tudo bem. Só me diga se está bem.

Alfonso: Estou. 

Maite: Nos vemos domingo?

Alfonso: Sim.– E desligou.

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