Capítulo 117

1.1K 96 3
                                    


Depois de uma tarde inteira juntos, Anahí e Poncho aproveitavam os últimos raios de sol que coloriam o céu em tons de laranja. 

Anahí: Esse lugar parece mágico. Vai ter que me trazer aqui mais vezes. – Suspirou, as costas repousadas no peito dele, ambos sobre a caçamba da picape, observando o sol se pôr no horizonte.

Alfonso: Quando quiser. – Beijou levemente o ombro dela. – Está com frio? – Perguntou ao senti-la se encolher em seus braços.

Anahí: Não. – Sorriu – Só estava pensando em como é bom estar aqui com você, como é bom ter seus braços assim... Em volta do meu corpo. É como se não houvesse nada mais no mundo, é como se tudo o que eu precisasse estivesse aqui. 

Alfonso: E não está?

Anahí: Está. – Any apertou suas mãos sobre as dele – É que isso ainda é muito surreal pra mim. Sabe... Ter você aqui comigo, saber que você sabe a verdade e ainda assim está do meu lado.

Alfonso: Eu só precisava da verdade, Any. Desde sempre. Se tivesse me contado antes, as coisas teriam sido mais fáceis.

Anahí: Não podia te contar antes. Era arriscado demais, tive medo do que o Pedro pudesse fazer, caso eu não cumprisse com a minha parte do acordo. E isso não incluía contar a verdade para você.

Alfonso: Esse merda tem que pagar pelas coisas que fez, Anahí. Eu vou...

Anahí: Você não vai nada! – Exclamou, virando o rosto para ele – Você prometeu. – Alfonso rolou os olhos, mas assentiu. – Ai, quer saber? – Começou, decidida – Não quero mais trazer o Pedro para as nossas conversas, não quero mais tocar no nome dele. 

Alfonso: Concordo. – Assentiu, olhando para o céu. – Acho que está na hora de voltarmos, não?

Anahí: Hm... – Resmungou – Por mim eu passaria o final de semana inteiro aqui com você. Mas... Nós temos que resgatar a Maite. Pobrezinha, imagino como esteja sofrendo tendo que aguentar a Megan durante uma tarde toda. – Alfonso deu risada.

Alfonso: E como você classificaria o seu nível de sofrimento por ficar confinada com ela todos os dias? – Perguntou zombeteiro.

Anahí: Nível máximo. – Respondeu divertida.

Alfonso: Como você é má.

Anahí: Não, tudo bem. – Desculpou-se – Eu reconheço o esforço que ela tem feito. Mesmo que seja por motivos obscuros.

Alfonso: Motivos obscuros?

Anahí: Roubar o meu homem me parece um motivo bastante obscuro.

Alfonso: Seu homem? – O canto de seu lábio, assim como sua sobrancelha, estava levantado. Anahí deu de ombros, exibindo um sorriso.

Anahí: Meu, oras. – Ele riu, afundando o rosto no pescoço dela. Any sentiu seu corpo se arrepiar quando a respiração dele chegou à sua pele, misturada ao riso rouco que ecoava bem próximo de seu ouvido.

Alfonso: Possessiva. – Sussurrou, mordiscando o lóbulo da orelha dela. Ela riu, fechando os olhos e se perguntando quando conseguiria acreditar que a sua vida tinha se tornado assim tão fácil, tão plena, tão feliz. 

Como era de se esperar, eles perderam mais alguns longos minutos entre beijos e mãos cheias de vida. Quando pegaram a estrada de volta para a casa, as estrelas já cintilavam no céu escuro.    

Let Me GoOnde histórias criam vida. Descubra agora