Capítulo 52

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Já era noite quando Alfonso chegou ao seu apartamento, em Manhattan. Anahí fora para o seu próprio apartamento, precisava resolver algumas coisas.

Anahí: É a Anahí. – Disse ao telefone.

Pedro: Por fim apareceu. Por onde andou, filha?

Anahí: Não é da sua conta, Pedro.

Pedro: Você costumava ser uma filha melhor. – Ela respirou fundo, ignorando o que ele falava.

Anahí: Escuta, nós precisamos conversar.

Pedro: Já fez o serviço?

Anahí: Não.

Pedro: Não sei se preciso te lembrar, mas você só tem até amanhã.

Anahí: Eu sei. E é exatamente sobre isso que quero falar com você. Almoçamos amanhã?

Pedro: Está bem. Venha até a Deluxe, comemos por aqui mesmo.

Anahí: Okay. Nos vemos amanhã.

Pedro: Boa noite, querida. – Disse, calmo.

Anahí: Pedro, só mais uma coisa...

Pedro: Diga.

Anahí: Não mova um dedo contra Alfonso até que tenhamos conversado.

Pedro: O que aconteceu com você, Anahí? Está tão mudada. – A voz de Pedro não era de curiosidade, mas do mais profundo sarcasmo.

Anahí: Conversamos amanhã. Me dê a sua palavra.

Pedro: Palavra dada.

Anahí: Então diga. – Insistiu.

Pedro: Não farei nada contra o seu detetive até que a gente converse. – Dito isso, Anahí desligou. 

Naquela noite, Anahí não dormiu, tampouco chorou. Ela sabia que a decisão que tinha tomado era a mais cabível. 

Foi em algum momento da madrugada que ela se pegou olhando no espelho. Analisando o pequeno vinco em sua testa, ela afastou o rosto de Alfonso de sua mente para tentar levantar aquelas antigas barreiras que rodeavam seu coração. Bloquear sentimentos em nome de um sentimento muito maior. O amor que sentia por ele deveria ser capaz de fazê-la suportar qualquer dor. Deveria.


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