Já era noite quando Alfonso chegou ao seu apartamento, em Manhattan. Anahí fora para o seu próprio apartamento, precisava resolver algumas coisas.
Anahí: É a Anahí. – Disse ao telefone.
Pedro: Por fim apareceu. Por onde andou, filha?
Anahí: Não é da sua conta, Pedro.
Pedro: Você costumava ser uma filha melhor. – Ela respirou fundo, ignorando o que ele falava.
Anahí: Escuta, nós precisamos conversar.
Pedro: Já fez o serviço?
Anahí: Não.
Pedro: Não sei se preciso te lembrar, mas você só tem até amanhã.
Anahí: Eu sei. E é exatamente sobre isso que quero falar com você. Almoçamos amanhã?
Pedro: Está bem. Venha até a Deluxe, comemos por aqui mesmo.
Anahí: Okay. Nos vemos amanhã.
Pedro: Boa noite, querida. – Disse, calmo.
Anahí: Pedro, só mais uma coisa...
Pedro: Diga.
Anahí: Não mova um dedo contra Alfonso até que tenhamos conversado.
Pedro: O que aconteceu com você, Anahí? Está tão mudada. – A voz de Pedro não era de curiosidade, mas do mais profundo sarcasmo.
Anahí: Conversamos amanhã. Me dê a sua palavra.
Pedro: Palavra dada.
Anahí: Então diga. – Insistiu.
Pedro: Não farei nada contra o seu detetive até que a gente converse. – Dito isso, Anahí desligou.
Naquela noite, Anahí não dormiu, tampouco chorou. Ela sabia que a decisão que tinha tomado era a mais cabível.
Foi em algum momento da madrugada que ela se pegou olhando no espelho. Analisando o pequeno vinco em sua testa, ela afastou o rosto de Alfonso de sua mente para tentar levantar aquelas antigas barreiras que rodeavam seu coração. Bloquear sentimentos em nome de um sentimento muito maior. O amor que sentia por ele deveria ser capaz de fazê-la suportar qualquer dor. Deveria.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...