Capítulo 115

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Alfonso: Vamos dar uma andada? – Sugeriu após minutos perdidos naquele abraço. Ela concordou.

Com um pulo, Alfonso desceu da caçamba da pickup. Depois abriu a porta e tirou sua mochila do banco traseiro. Colocou a mochila nas costas e parou na frente dela, estendendo os braços.

Alfonso: Vem cá. – Any deixou o corpo deslizar e cair nos braços dele. Ele deu um beijinho rápido nela, antes de puxá-la consigo. 

De mãos dadas, ele a conduziu na direção oposta ao precipício. Andaram um tempo até que a mata começou a ficar espessa. 

Alfonso: Por aí não. Por aqui. – Apontou para o lado, guiando-a.

Anahí: Você sabe para onde está me levando ou estamos andando no meio do nada e ficaremos perdidos pra sempre?

Alfonso: Sei exatamente para onde estou te levando.

Anahí: Você ainda não me disse como descobriu Framingham e todo esse lugar. – Dizia enquanto o acompanhava.

Alfonso: Mas eu disse. – Deu de ombros – Vinha aqui para pensar.

Anahí: Sim, mas você precisou descobrir que esse lugar existia para saber que poderia vir até aqui pra pensar. – Ele riu.

Alfonso: Você é curiosa demais. – Balançou a cabeça.

Anahí: O que? Foi alguma garota que te mostrou esse lugar, Herrera?

Alfonso: Não. – Respondeu, ainda rindo – Descobri esse lugar por causa do Andrew. – Ela chacoalhou as mãos, pedindo para que continuasse – Bom, conheci ele num bar em Vegas. Uns seis meses depois da Dulce ter ido embora. Saí com a irmã dele algumas vezes e eu e o Andrew acabamos nos tornando amigos. Eu estava no auge do meu momento 'porra louca'. Agitação, bebidas, mulheres. Durante as férias, combinamos de ir a Vegas outra vez. Eu não jogava, só curtia, mas o Andy gostava de uma boa aposta. Depois que o dinheiro dele acabou, ele quis voltar. Keira, a irmã dele, me chamou para vir com eles. Eu topei. E foi assim que eu descobri esse lugar.

Anahí: Vindo aqui com a tal Keira? – Ela entortou os lábios.

Alfonso: Não. – Disse, divertido – Fazendo trilha com o Andrew. Ele era chegado nesse lance off-road. 

Anahí: Hm...

Alfonso: Satisfeita?

Anahí: É, satisfeita.

Eles pararam um minuto para descansar. Alfonso tirou uma garrafa de águada mochila e a entregou para Anahí.

Alfonso: Cansada?

Anahí: Nem de longe. Cansada eu estava de ficar sem fazernada naquela casa. – Ela ficou em silêncio por um instante, os ouvidos captaramum barulho de água corrente. – Água? – Alfonso assentiu, segurando-a pela mãolivre e recomeçando a caminhada. 

Alfonso: Isso te lembra alguma coisa? – Perguntou, as sobrancelhas erguidas e um sorriso no rosto, quando pararam à margem do riacho que passava por ali. 

Anahí não pôde fazer outra coisa senão sorrir. Aquela paisagem lembrava a de Hialeah. O riacho onde estiveram juntos, onde ele pronunciou seu nome pela primeira vez.

Alfonso: Ele desemboca no rio que passa lá embaixo, – Explicou, largando a mochila no chão – mas a cachoeira fica um pouco longe daqui. E a vazão de água não é tanta, então a cachoeira não é... – Ela não o deixou terminar de falar. Jogou os braços ao redor do pescoço dele e o beijou. Um beijo sôfrego, intenso e imensamente apaixonado. 

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