Capítulo 123

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Depois do almoço, do parabéns e do saboroso bolo de chocolate, Alfonso estava sentado sob a sombra de uma árvore, com Anahí ao seu lado. Algumas crianças e poucos amigos de Andrew e Keira estavam dispersos pela praia, alguns aproveitando a sombra tal qual Alfonso, outros jogando frisbee perto da água. Megan estava estirada no sol. Maite brincava com Lea, a sobrinha de Andy.

Anahí: Ela tem jeito com crianças. – Comentou, observando Maite segurar a menina no ar e molhar seus pezinhos na água.

Alfonso: Sempre teve. Ao contrário de mim. 

Anahí: Ninguém é perfeito. – Zombou – Sabe, de todas as suas ex que eu conheço, essa Keira é a melhor delas. 

Alfonso: Você diz isso porque ela está casada e com uma filha de três anos. – Riu.

Anahí: É, pode ser. – Concordou, rindo com ele – Mas, falando sério, ela me pareceu uma pessoa bem legal.

Alfonso: Ela é. 

Anahí: E não ficou dando em cima de você, o que é louvável. 

Alfonso: É tão difícil assim resistir ao meu charme? – Brincou.

Anahí: Só um pouco, convencido. 

Alfonso: Foi você quem disse. – Defendeu-se, beijando o ombro dela.

Andrew: Hey, Poncho! – Andrew acenou, a bola de vôlei nas mãos.

Alfonso: Terei uma cheerleader particular?

Anahí: Vai me arrumar uma saia de pregas e pompons?

Alfonso: Uh. – Alfonso mordeu os lábios – Ótima ideia para o próximo final de semana.

Anahí: Mais um dos seus fetiches?

Alfonso: Não. Mas confesso ter achado a visão bastante interessante. – Piscou, com um sorrisinho malandro. 

Anahí: Sua imaginação é fértil demais.

Alfonso: Você nem imagina o quanto.

Anahí: Então me mostre o quanto. – Desafiou, levantando as sobrancelhas.

Andrew: Casal! – Gritou – Não quero interromper, mas a rede já está no lugar...

Alfonso resmungou, segurando a nuca de Anahí e puxando-a para si. Correu os lábios pelo pescoço dela, mordiscando-lhe a orelha.

Alfonso: Depois você diz que a Megan que é inconveniente. – Sussurrou, e ela não pôde deixar de rir. – Venha e observe a lavada que eu vou dar nesses caras. – Pomposo, Poncho se levantou, ajudando-a a fazer o mesmo. 

Quarenta minutos depois ele marcava o último ponto para a sua dupla, vencendo o terceiro set. Maite e Anahí comemoraram, paradas ao lado da quadra improvisada. 

Anahí: Eu não sabia que ele jogava tão bem.

Maite: Nossa, o Poncho sempre foi muito bom no vôlei. Quando tinha uns oito anos, ele até participou daqueles campeonatos da liga infantil. – Contou, orgulhosa – Acho que ele tem até um troféu. 

Alfonso: Vem cá! – Alfonso se aproximou das duas, puxando Anahí pela cintura. – Três à zero. Você me deu sorte, hm? – Anahí comprimiu os lábios.

Anahí: A Mai já me contou que você é um exímio jogador. Não foi sorte. – Ela passou as mãos pelo rosto dele, desgrudando os fios negros da testa suada. – Tem mais algum talento escondido que eu não saiba? 

Alfonso: Com o tempo você vai descobrindo.

Maite: O amor é mesmo uma coisa... Estranha. – Começou,com uma careta no rosto – O cara está todo suado e a namorada ainda fica aí, toda derretida nos braços dele. Eca

Alfonso: Ah, como é nojentinha essa minha irmã. – Alfonso abriu um sorriso maligno e então soltou Anahí e agarrou Maite, apertando-a entre os braços e levantando-a do chão. 

Maite: Ai! Me solta, Poncho! – Gritou entre risos. – Seu grande babaca! – Praguejou, enquanto ele distribuía uma série de beijos pelo rosto dela. – Me põe no chão, Alfonso! !

Alfonso: Olha só! Ela acha que manda. – Zombou – Vamos nos refrescar um pouco.

Maite: Não!

Alfonso: Sim. 

Gargalhando, Alfonso jogou Maite sobre os ombros e a levou até a água. Anahí ficou parada onde estava, ainda rindo, sentindo aquela sensação gostosa de completude, descobrindo como a vida podia ser deliciosamente simples. Aquele era um sentimento que ela desconhecia até muito pouco tempo atrás. Nunca a vida parecera tão fácil, tão completa, tão boa. Deus, ela não trocaria aquilo por nada.

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