Naquele dia, quando Anahí saiu do quarto para sentar num dos bancos, próximos à bancada do bar, nem de longe imaginou tudo o que aconteceria naquela noite.
Obviamente Alfonso sabia que Pedro era dono da Deluxe, e sabia também que era lá que passava a maior parte do seu tempo. Inclusive já havia revistado o local certa vez, mas, um passo a frente, Pedro já havia se livrado de qualquer indício que o comprometesse. Sabendo que Anahí era a sua afilhada, agora ele fazia ideia de onde encontrá-la.
Rodrigo: Anahí. – Falou enquanto sentava ao lado dela. Ainda era cedo e o lugar estava vazio – Que bom que está melhor. – Com os olhos fixos em seu Martini, ela o ignorou. – Sentimos saudades de você.
Quando Rodrigo ameaçou tocá-la, Anahí quebrou a taça no balcão e partiu para cima dele. Antes que ele pudesse segurar seus braços, ela conseguiu acertar a sua bochecha esquerda.
Anahí: Filho da mãe! Você vai me p...
Pedro: Hey hey hey! O que está acontecendo aqui? – Pedro interpôs, afastando-os. Anahí tentou partir para cima de Rodrigo outra vez, mas agora Christian a impediu, segurando-a.
Anahí: Você disse que o faria pagar! – Rugiu, arfando.
Christian: Any, solte isso, por favor. – Pediu, tirando o pedaço de vidro de sua mão.
Anahí: Você prometeu! – Repetiu aos berros.
Pedro: Anahí, eu já conversei com Rodrigo, se acalme.
Anahí: Eu não quero que converse! – Rebateu – Eu quero esse cara fora daqui! – Com um sinal Pedro pediu para que ele saísse. Rodrigo obedeceu. Não sem antes mirá-la com um sorriso debochado no rosto.
Pedro: Leve-a para cima. – Ordenou a Christian.
Anahí: Eu não vou a lugar nenhum. – Pedro meneou a cabeça.
Pedro: Chávez, saia, por favor.
Christian: Okay. – Disse para depois subir as escadas.
Pedro: Filha, você precisa controlar esse seu gênio.
Anahí: Controlo o meu gênio tão bem quanto você controla os seus homens, Pedro. Por que Rodrigo ainda está aqui? Eu deixei que você se encarregasse dele, mas se ele continuar aqui eu mesma faço questão de acabar com aquele cara.
Pedro: Você quer o que? Que eu o mate? Anahí, eu já conversei com ele, ele não trabalha mais para mim, não tem mais um centavo meu. – Anahí gargalhou.
Anahí: Se eu quero que você o mate? Sim, eu quero. E se ele não desaparecer daqui, eu vou virar a assassina que você tanto queria.
Pedro: Ele vai desaparecer, fique tranquila, você não vai mais vê-lo.
Anahí: É melhor assim. – Rosnou – Caio chegou. – Disse,olhando para o moreno alto que entrava na boate – Preciso ir. – Pedro assentiu.
Pedro: Bom trabalho.
Caio, a nova vítima de Anahí. Ele tinha por volta dos 35 anos, era espanhol e estava expandindo os negócios. Durante alguns meses esteve em negociação com Damián. Pedro alugaria para ele uma de suas propriedades, ele, por sua vez, a transformaria num restaurante de luxo com um menu um pouco mais extenso que o tradicional. Sim, estamos falando de drogas. A discordância estava na porcentagem de lucro de cada um. Pedro queria 30%, ooutro se recusava a dar mais que 7%. E era aí que Anahí entrava. Quem melhor do que uma bela e inteligente mulher para virar a cabeça de um homem?
Anahí: Posso me sentar? – Perguntou, parada ao lado da mesado homem, num dos cantos mais reservados da boate.
Caio: Claro. – Sorriu apontando a cadeira ao seu lado.
Anahí: Sou Giovanna, uma das sócias da Deluxe.
Caio: Confesso que vai ser bem mais interessante tratar de negócios com você.
Anahí: Que bom. – Abriu um sorriso discreto, chamando o garçom – Porque nós dois teremos muito que conversar. Uma garrafa de whisky,por favor.
Mas Anahí não teria tempo de conversar com ele. E ela percebeu isso assim que viu Ian, Alfonso e Christopher entrando pela porta da frente da boate. Ela soltou o copo que segurava e prendeu a respiração por um segundo, e então viu os olhos de Alfonso pousando sobre ela.

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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...