Christopher: Só um minuto... – Disse Uckermann ao telefone, enquanto fechava a porta de sua sala. – Pode falar – Pediu depois de se certificar de que ninguém o ouvia.
Anahí: Temos um problema.
Christopher: O que houve?
Anahí: Consegui falar com o Pedro. Mas ele só vai se encontrar comigo se eu for até uma das boates dele.
Christopher: Diga para ele que você quer encontrá-lo num terreno neutro.
Anahí: Eu já disse. Mas ele insistiu. Disse que se é do meu interesse vê-lo, devo ir até ele.
Christopher: Não dá. Assim vai ser arriscado demais.
Anahí: Sabíamos que não seria fácil.
Christopher: Mas assim vai ser impossível. – Murmurou – É o terreno dele, não dá. Já vamos entrar perdendo.
Anahí: Uckermann, eu já tentei atraí-lo para fora. Imaginei mesmo que isso pudesse acontecer.
Christopher: E como você acha que vamos conseguir pegá-lo dentro do império dele, Anahí?
Anahí: Da mesma forma que faríamos fora. Mas com um pouco mais de adrenalina. – Brincou.
Christopher: Eu preciso bolar alguma coisa... Não marque nada sem me consultar.
Anahí: Já está marcado. Hoje à noite. 21 horas, sem atraso. – Uckermann engasgou.
Christopher: Você não podia ter feito isso.
Anahí: Já foi feito. Não vai dar pra trás, né?
Christopher: Te vejo às 19 horas, vou colocar uma escuta em você.
Anahí: Sabe que serei revistada, não?
Christopher: Sei, mas é um equipamento muito pequeno. Vamos ter que contar com um pouco de sorte. Droga, Anahí! – Resmungou.
Anahí: Sempre fui uma mulher de sorte. – Afirmou – 19 horas aonde?
Christopher: No galpão?
Anahí: Okay. Nos vemos lá. – Disse para então desligar o telefone.
Pensativo, Ucker girou diversas vezes em sua cadeira. Aquele plano parecia um tanto mais arriscado do que pensara. As chances de tudo dar errado eram grandes. Anahí não havia lhe dado tempo o suficiente para bolar um plano mais eficaz. Não havia método ou qualquer alternativa B, caso a A falhasse. Se fossem pegos, não haveria um grande aparato policial que os salvasse. Estavam por sua conta e risco, seria tudo ou nada.
Ian: Hey, cara. – Ian abriu a porta, enfiando a cabeça para dentro da sala.
Christopher: E aí?
Ian: Esse novo caso que o tenente me passou tem me deixado louco. – Comentou, ocupando o lugar em sua mesa.
Christopher: Imagino.
Ian: Qual o motivo dessa carranca?
Christopher: Motivo nenhum. Viu o Denny por aí?
Ian: Acabei de passar por ele no café.
Christopher: Ótimo. – Num rompante, ele levantou da cadeira e saiu da sala. Denny era um ótimo investigador e um amigo leal, não negaria ajuda. Além dele, Ucker conseguiu reunir mais dois policiais para a ação daquela noite.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...