Capítulo 53

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Anahí: O que você está fazendo aqui? – Foi o que Anahí disse assim que abriu a porta do seu apartamento, na manhã seguinte, e deu de cara com Alfonso.

Alfonso: Vim ver você, o porteiro me deixou subir.

Alfonso estava lindo. O cabelo, um pouco comprido, estava molhado, a barba estava por fazer, e a combinação da camiseta azul marinho com a calça jeans clara valorizava, e muito, o corpo de Herrera. Depois do choque por vê-lo ali, ela perdeu alguns segundos analisando-o. 

Era perfeito. Por uma fração de tempo, foi inevitável que se lamentasse por já não poder tê-lo.


Sugestão de música para a cena: Coldplay - Fix You

https://www.youtube.com/watch?v=k4V3Mo61fJM


Anahí: Eu... – Saindo do apartamento, ela fechou a porta atrás de si – Eu estava de saída.

Alfonso: Para onde? – Perguntou enquanto suas mãos, firmes, a puxavam para um abraço. 

Anahí: Para uma editora. – Respondeu no ato. A mentira, ainda que queimasse a sua garganta, saíra com imensa naturalidade – Vou levar uma das minhas histórias, vai que dou sorte... Mas e você? Não foi trabalhar hoje?

Antes de responder, Alfonso grudou os lábios nos dela. Anahí pensou em repeli-lo, mas o pensamento logo se dissipou. Era humanamente impossível resisti-lo, principalmente porque, talvez, aquele fosse o último beijo dos dois.

Alfonso: Passar uma semana com você me viciou. Uma noite longe e já estou com crise de abstinência. – Disse divertido, mordiscando os lábios dela. Sem resposta, Anahí preferiu beijá-lo outra vez. Com calma, sentindo cada mínima sensação que ele lhe causava. A língua quente tocando a sua e a envolvendo com tamanha perfeição, a boca que lhe proporcionava um encaixe perfeito, e os dentes que ora ou outra prendiam seus lábios.


"When you try your best, but you don't succeed,

Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso"


Anahí: Não foi para a delegacia hoje? – Perguntou quando o beijo terminou e o silêncio se mostrou opressor.

Alfonso: Vou só depois do almoço. Pensei que pudéssemos almoçar juntos.

Anahí: Poxa, Poncho, desculpa, mas eu tenho mesmo que ir nessa editora. Talvez seja a minha grande chance. – Maldita encenação.

Alfonso: Eu sei. – Sorriu, contornando o rosto dela com os dedos – Vai dar tudo certo, tenho certeza. – Anahí não conseguiu sorrir com ele. Seu estado de espírito não permitiu.

Anahí: Eu, bom... – Um fraco suspiro escapou-lhe – Eu tenho que ir agora. – E aí ela se afastou.

Alfonso: O que você tem? – Ela não pôde sustentar àquele olhar. Encarando o chão, Any puxou uma golfada de ar.

Anahí: Só estou nervosa. – Quando, por um grande erro, ela o encarou, viu uma ternura imensa estampada naqueles olhos verdes. E então precisou dar-lhe às costas.

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