Capítulo 46

1.7K 126 0
                                    

Naquela noite eles foram para o hotel onde Anahí estava hospedada, e não houve sequer um vestígio de mágoa. Em meio a beijos, carícias e palavras de afeto, os dois romperam a noite, juntos, nos braços um do outro. Matando a saudade, saciando os desejos e preenchendo o vazio que havia quando estavam separados. 

Alfonso: Bom dia. – Foi com um doce sussurro ao pé do ouvido que Anahí acordou.

Anahí: Bom dia. – Respondeu, se espreguiçando.

Alfonso: Dormiu bem? – Perguntou, depois de dar um demorado selinho nos lábios dela.

Anahí: Melhor impossível. Quer dizer, não que você tenha me deixado dormir muito, mas...

Alfonso: Mas você não reclamou nem um pouco. – Completou, vendo-a abrir um sorriso.

Anahí: Eu acho que tem alguém aqui que está ficando um pouquinho convencido. – Ela se estreitou a ele, engatinhando sobre a cama até alcançá-lo.

Alfonso: E não deveria? Uma mulher dessas, só minha. – Agarrando a cintura de Anahí, Alfonso a deitou na cama, deixando seu peso cair sobre ela.

Anahí: Hey! 

Alfonso: Hm? – Murmurou antes de tomar os lábios dela num beijo sôfrego. 

Infelizmente o beijo durou pouco. Subitamente, ele afastou seu rosto do dela, apoiando-se nos braços.

Alfonso: Melhor pararmos, senão vamos nos atrasar. – Poncho pulou da cama, puxando-a pela mão.

Anahí: Atrasar para? – Perguntou, confusa, enquanto se colocava de pé.

Alfonso: Para o café. – Ela riu, rolando os olhos.

Anahí: O café ainda não chegou, o que nos dá alguns minutos. – Disse, o olhar malicioso. Um sorriso se abriu no rosto dele, estendendo as duas mãos, ele a puxou para um abraço.

Alfonso: Infelizmente, não temos não. – Correu os lábios pelo pescoço dela. – Marquei com meus pais e já estamos em cima da hora – Com as mãos espalmadas no peito dele, Anahí o empurrou o suficiente para encará-lo.

Anahí: Como é?

Alfonso: Vou te levar para conhecer meus pais. – Deu de ombros.

Anahí: Eu já conheço os seus pais. Esqueceu que tive a cara de pau de procurá-los na sua casa ontem à noite? – Alfonso deixou escapar uma gargalhada.

Alfonso: Você é mesmo maluca.

Anahí: Soaria clichê demais dizer que sou maluca por você, não é? – Ele assentiu, ainda rindo. – Então eu não vou dizer.

Alfonso: Pode dizer, eu gosto de coisas clichês. – Ela meneou a cabeça em negativa. – Se não quer falar, mostre. – Provocou.

Anahí: Não posso. Não temos tempo, se esqueceu? – Disse cínica.

Alfonso: Você não presta. – Ele apertou os olhos enquanto suas mãos correram arrastadas da cintura para o quadril dela. – Mais tarde teremos todo o tempo do mundo. – A voz extremamente sexy, e a força com que ele a trouxe para si, fez com que o coração de Anahí acelerasse numa expectativa sem tamanho – E aí você vai ter tempo de me mostrar o que quiser. – Ela o sentiu mordiscar sua orelha. – O que eu quiser. – Completou, voltando as mãos para a cintura dela. – Agora vamos. – Disse maroto, para depois ver o olhar frustrado dela. – Você precisa ser devidamente apresentada aos meus pais.

Anahí: Não é saudável provocar uma mulher e deixá-la nesse estado. – Alfonso tossiu, caindo na risada – E pare de rir! – Esbravejou, mordendo os lábios para não rir com ele.

Alfonso: Okay. – Ele respirou fundo, os olhos lacrimejando pela crise de riso – Sério, vamos. – E só aí ela viu que ele já estava devidamente vestido.

Anahí: Meu Deus, Poncho. Vou tomar um banho e me vestir. 

Alfonso: Um banho rápido. – Advertiu – E não desfaça as malas. Você vai ficar comigo, na casa dos meus pais.

Anahí: O que? – Ela, que já estava indo para o banheiro, virou-se para ele.

Alfonso: Gio, estamos juntos. Eu não pretendo te deixar sozinha aqui nesse hotel.

Anahí: Poncho, eu não sei se essa é uma boa ideia.

Alfonso: Por que não seria uma boa ideia? – Talvez porque aquilo significava um envolvimento ainda maior, algo que não era exatamente o ideal naquelas circunstâncias. – Relaxa. Eles são bem tranquilos. 

Anahí: Okay. – Sorriu – Vou tomar banho, volto em um minuto.

Alfonso: Um minuto. Aham, sei. – Zombou, se jogando na cama. Não seria um minuto, tampouco dois ou dez. Mas quem se importava? Alfonso esperaria o tempo que fosse preciso, porque sabia que depois ela estaria ali, para ele. Finalmente ele havia encontrado a felicidade que tanto procurava.


Let Me GoOnde histórias criam vida. Descubra agora