Naquela noite eles foram para o hotel onde Anahí estava hospedada, e não houve sequer um vestígio de mágoa. Em meio a beijos, carícias e palavras de afeto, os dois romperam a noite, juntos, nos braços um do outro. Matando a saudade, saciando os desejos e preenchendo o vazio que havia quando estavam separados.
Alfonso: Bom dia. – Foi com um doce sussurro ao pé do ouvido que Anahí acordou.
Anahí: Bom dia. – Respondeu, se espreguiçando.
Alfonso: Dormiu bem? – Perguntou, depois de dar um demorado selinho nos lábios dela.
Anahí: Melhor impossível. Quer dizer, não que você tenha me deixado dormir muito, mas...
Alfonso: Mas você não reclamou nem um pouco. – Completou, vendo-a abrir um sorriso.
Anahí: Eu acho que tem alguém aqui que está ficando um pouquinho convencido. – Ela se estreitou a ele, engatinhando sobre a cama até alcançá-lo.
Alfonso: E não deveria? Uma mulher dessas, só minha. – Agarrando a cintura de Anahí, Alfonso a deitou na cama, deixando seu peso cair sobre ela.
Anahí: Hey!
Alfonso: Hm? – Murmurou antes de tomar os lábios dela num beijo sôfrego.
Infelizmente o beijo durou pouco. Subitamente, ele afastou seu rosto do dela, apoiando-se nos braços.
Alfonso: Melhor pararmos, senão vamos nos atrasar. – Poncho pulou da cama, puxando-a pela mão.
Anahí: Atrasar para? – Perguntou, confusa, enquanto se colocava de pé.
Alfonso: Para o café. – Ela riu, rolando os olhos.
Anahí: O café ainda não chegou, o que nos dá alguns minutos. – Disse, o olhar malicioso. Um sorriso se abriu no rosto dele, estendendo as duas mãos, ele a puxou para um abraço.
Alfonso: Infelizmente, não temos não. – Correu os lábios pelo pescoço dela. – Marquei com meus pais e já estamos em cima da hora – Com as mãos espalmadas no peito dele, Anahí o empurrou o suficiente para encará-lo.
Anahí: Como é?
Alfonso: Vou te levar para conhecer meus pais. – Deu de ombros.
Anahí: Eu já conheço os seus pais. Esqueceu que tive a cara de pau de procurá-los na sua casa ontem à noite? – Alfonso deixou escapar uma gargalhada.
Alfonso: Você é mesmo maluca.
Anahí: Soaria clichê demais dizer que sou maluca por você, não é? – Ele assentiu, ainda rindo. – Então eu não vou dizer.
Alfonso: Pode dizer, eu gosto de coisas clichês. – Ela meneou a cabeça em negativa. – Se não quer falar, mostre. – Provocou.
Anahí: Não posso. Não temos tempo, se esqueceu? – Disse cínica.
Alfonso: Você não presta. – Ele apertou os olhos enquanto suas mãos correram arrastadas da cintura para o quadril dela. – Mais tarde teremos todo o tempo do mundo. – A voz extremamente sexy, e a força com que ele a trouxe para si, fez com que o coração de Anahí acelerasse numa expectativa sem tamanho – E aí você vai ter tempo de me mostrar o que quiser. – Ela o sentiu mordiscar sua orelha. – O que eu quiser. – Completou, voltando as mãos para a cintura dela. – Agora vamos. – Disse maroto, para depois ver o olhar frustrado dela. – Você precisa ser devidamente apresentada aos meus pais.
Anahí: Não é saudável provocar uma mulher e deixá-la nesse estado. – Alfonso tossiu, caindo na risada – E pare de rir! – Esbravejou, mordendo os lábios para não rir com ele.
Alfonso: Okay. – Ele respirou fundo, os olhos lacrimejando pela crise de riso – Sério, vamos. – E só aí ela viu que ele já estava devidamente vestido.
Anahí: Meu Deus, Poncho. Vou tomar um banho e me vestir.
Alfonso: Um banho rápido. – Advertiu – E não desfaça as malas. Você vai ficar comigo, na casa dos meus pais.
Anahí: O que? – Ela, que já estava indo para o banheiro, virou-se para ele.
Alfonso: Gio, estamos juntos. Eu não pretendo te deixar sozinha aqui nesse hotel.
Anahí: Poncho, eu não sei se essa é uma boa ideia.
Alfonso: Por que não seria uma boa ideia? – Talvez porque aquilo significava um envolvimento ainda maior, algo que não era exatamente o ideal naquelas circunstâncias. – Relaxa. Eles são bem tranquilos.
Anahí: Okay. – Sorriu – Vou tomar banho, volto em um minuto.
Alfonso: Um minuto. Aham, sei. – Zombou, se jogando na cama. Não seria um minuto, tampouco dois ou dez. Mas quem se importava? Alfonso esperaria o tempo que fosse preciso, porque sabia que depois ela estaria ali, para ele. Finalmente ele havia encontrado a felicidade que tanto procurava.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...