Rodrigo: Atenda. – O tom autoritário a enojou – Não quero que ele pense que você não está bem.
Anahí, no entanto, ignorou-o, silenciando o telefone.
Rodrigo: Você continua a mesma. – Disse, notoriamente divertido.
Anahí: O que quis dizer com "talvez o Pedro não precise ficar sabendo"? O que você pretende, Rodrigo?
Rodrigo: Sabe, Any, você está muito hostil. Não acho que possamos conversar assim. – O falso lamento, tão cheio de cinismo, fez Anahí perder a linha.
Anahí: Mas que merda, Rodrigo! – Gritou – Se não é para me levar para o Pedro, o que você está fazendo aqui?
Rodrigo: Calma, querida. – Ele não alterou a voz, levantando as duas mãos em rendição – Vamos com calma, está bem? Vamos conversar em algum outro lugar, não quero arriscar que aquela delícia volte pra cá. Aliás, quem é ela? – Assobiou – O detetive mantém vocês duas aqui, é? Cara esperto.
Anahí: Cala a boca. – Sibilou.
Rodrigo: Devo dizer que é um ménage e tanto. – Continuou, ignorando-a – Mas que grande sortudo filho da puta.
Anahí: Cala a boca! – Dessa vez, sua voz soou estridente.
Rodrigo: Tudo bem. Não vamos falar do seu namoradinho.
Anahí fechou os olhos e puxou uma grande golfadade ar. Precisava, de alguma forma, encontrar a frieza que aquela situação exigia. Então, controlada, mas longe de estar mais calma, ela abriu os olhos e o encarou.
Anahí: Escuta, porque você não me diz logo o que quer?
Rodrigo: Porque a nossa conversa será longa e a sua amiguinha pode voltar a qualquer momento.
Anahí: Então o que você sugere?
Rodrigo: Amanhã às oito da noite estarei esperando você.
Anahí: Aonde?
Rodrigo: Entre na mata atrás da casa, você me verá. – Ela assentiu, sentindo um nó se formar em seu estômago – E não tente avisar o detetive ou qualquer outra pessoa, Anahí. Eu poderia entregar vocês dois aoPedro num piscar de olhos, você sabe disso.
Anahí: Some do meu quarto. – Any segurou a porta, apontando para o corredor.
Rodrigo: Até amanhã, benzinho. – Murmurou a centímetros do rosto dela. E então sumiu escada abaixo.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...