Ao contrário do que Anahí pensava, Megan não voltou ao quarto com meia dúzia de olhares ameaçadores e palavras hostis, talvez tivesse medo de que se queixasse para Alfonso. Sendo assim, a porta só voltou a ser aberta quando Poncho voltou para o quarto. O delicioso aroma de canela do sabonete invadiu o aposento, e ela, que mantinha os olhos fechados, os abriu apenas o suficiente para que pudesse vê-lo. Ele tinha os cabelos molhados, a barba por fazer, e vestia uma calça abrigo preta e uma camiseta branca.
Não percebeu que Anahí o observava e deixou o corpo cair relaxado na poltrona. Levou as mãos aos cabelos, um pouco mais compridos do que o habitual e jogando os braços para trás da cabeça fechou os olhos. Poucos segundos depois voltou a abri-los, levantando e caminhando até a cama.Alfonso: Está dormindo? – Sussurrou.
Anahí: Não. – Respondeu, fitando-o.
Alfonso: Está se sentindo bem? – Ela assentiu – Foi um susto e tanto, não?
Anahí: Eu achei que já estivesse bem o suficiente para partir.
Alfonso: Caramba! É tão ruim assim ficar aqui?
Anahí: Não é essa a questão, você sabe.
Alfonso: É, acho que sei.
Anahí: Vou me comportar agora, Herrera. Não se preocupe.
Alfonso: Acho bom. – Ele riu. O clima naquela conversa era tão leve que nem parecia que havia tanta mágoa e sentimentos mal resolvidos ali. – Mas, só para garantir, vou pedir para que Megan te vigie.
Anahí: Isso deve estar sendo um martírio pra ela.
Alfonso: Por que tanta implicância com ela? – Perguntou, sentando na beirada da cama.
Anahí: Eu não preciso mesmo responder isso, não é?
Alfonso: Se não precisasse, não teria perguntado. – Arqueou uma das sobrancelhas.
Anahí: Como se você já não soubesse. – Chacoalhou a cabeça, rindo – E como se não soubesse que toda essa implicância é recíproca.
Ele ficou em silêncio. Talvez fosse o orgulho querendo dar as caras para afastar aquela sensação de bem estar que ele sentia por estar ali com ela.
Anahí: Tem certeza de que quer dormir na poltrona? – Perguntou, acreditem, sem segundas intenções.
Alfonso: Tenho. – Levantou – Boa noite. Se precisar de algo, me chame. – Disse, para então virar as costas, apagar a luz e tomar o seu lugar naquela poltrona.
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Let Me Go
FanfictionEra só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pre...